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X, de Musk, se recusa a cooperar com investigação na França por suposto viés político e coleta de dados de usuários




Grok, inteligência artificial de Elon Musk, exalta Hitler em posts no X
O X, rede social de Elon Musk, se recusou a cooperar com uma investigação aberta na França que investiga suposto viés político no algoritmo e coleta irregular de dados dos usuários. A empresa nega todas as acusações e classificou a apuração como motivada politicamente, afirmando que o processo ameaça a liberdade de expressão.
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No início do mês, promotores em Paris intensificaram uma investigação preliminar contra a plataforma por suspeita de viés no algoritmo e extração fraudulenta de dados.
“Com base no que sabemos até agora, o X acredita que essa investigação distorce a lei francesa para atender a uma agenda política e, no fim, restringir a liberdade de expressão”, disse o X, em comunicado.
Diante disso, a empresa afirmou ter recusado o pedido dos promotores de Paris para acessar o algoritmo de recomendações do X e os dados em tempo real, alegando ter direito legal para negar o acesso.
A promotoria francesa não comentou as acusações de viés político, mas confirmou ter feito uma solicitação judicial à empresa em 19 de julho, pedindo acesso apenas ao algoritmo.
Os promotores afirmaram ainda ter oferecido um canal seguro para compartilhar os dados com investigadores, que teriam acesso confidencial, mas ainda não receberam resposta oficial. Não atender a uma solicitação judicial pode gerar multas ou até acusações de obstrução da Justiça.
Segundo a promotoria de Paris, os crimes investigados podem levar a penas de até 10 anos de prisão.
O X disse que a investigação foi iniciada pelo deputado francês Eric Bothorel, que acusou a empresa de “manipular seu algoritmo para fins de interferência estrangeira”, o que a rede social classificou como “totalmente falso”.
Bothorel, por sua vez, defendeu a independência da Justiça francesa.
“Esse conceito parece estar totalmente invertido nos Estados Unidos atualmente”, afirmou. Ele disse ainda que a França apoia a liberdade de expressão, mas com limites.
“A falta de responsabilidade e supervisão coloca a liberdade em risco, tanto quanto proibições e censura.”
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Tensões
Elon Musk é o dono do X, antigo Twitter
Dado Ruvic/Reuters
Musk, ex-aliado do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, já acusou governos europeus de atacar a liberdade de expressão e demonstrou apoio a partidos de extrema direita na Europa.
A investigação na França pode aprofundar a tensão entre Washington e capitais europeias sobre o tipo de discurso permitido online, com autoridades americanas acusando censura a vozes de direita no mundo todo.
A Comissão Europeia investiga o X desde o fim de 2023 por supostas violações das regras de transparência digital contra conteúdo ilegal, previstas na Lei de Serviços Digitais.
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