O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta terça-feira (21) que está considerando impor tarifas de 10% sobre as importações chinesas em represália ao fluxo de fentanil.
“Estamos falando de uma tarifa de 10% com base no fato de que eles estão enviando fentanil para o México e o Canadá”, disse o presidente americano a jornalistas na Casa Branca.
Na segunda-feira, dia de sua posse, Trump havia adiantado que vai impor uma tarifa de 25% a esses outros dois países norte-americanos a partir de 1º de fevereiro pelo mesmo motivo e pela chegada de imigrantes ilegais aos EUA por suas fronteiras comuns.
Trump descreveu a entrada dessa droga nos Estados Unidos pela fronteira norte e sul do país como “maciça” e lamentou que pessoas estejam morrendo e famílias sendo destruídas por causa desse “poderoso opioide”.
Ele afirmou que conversou “outro dia” com o ditador da China, Xi Jinping, e lhe disse que não queria essa “m****” no país.
Trump, que esteve no poder pela primeira vez de 2017 a 2021, disse que chegou a ter um acordo com Xi para aplicar a pena capital na China por tráfico de drogas, e ressaltou que prometeu ao ditador de Pequim que daria essa sentença para aqueles que enviassem fentanil para os Estados Unidos.
“E é claro que (o agora ex-presidente Joe) Biden não aceitou a proposta. Estava tudo fechado. Nós vamos conseguir”, acrescentou Trump.
A Agência Antidrogas dos EUA (DEA) estima em 70 mil o número de overdoses fatais no país no ano passado causadas por esse opioide sintético.
Entre os decretos assinados por Trump na segunda-feira está um dedicado a classificar cartéis de drogas como agentes terroristas.
China reage à ameaça de tarifas
O Ministério das Relações Exteriores da China disse nesta quarta-feira (22) que “não há vencedores em uma guerra comercial”, depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que estava considerando impor tarifas de 10% sobre as importações chinesas em retaliação ao fluxo de fentanil.
A porta-voz da chancelaria chinesa, Mao Ning, afirmou na coletiva de imprensa diária da pasta de Exteriores que seu país “sempre defenderá seus interesses nacionais”.
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