Condenada a pouco mais de 11 anos de prisão (pena que foi reduzida por bom comportamento) por fraudar investidores com sua startup de biotecnologia Theranos, Elizabeth Holmes, 41, disse à revista People que não é a mesma pessoa de antes. “Há coisas que eu teria feito de forma diferente”, afirma sem dar mais detalhes.
A empresária, que virou uma estrela no Vale do Silício ao vender um exame de sangue que prometia dar diagnósticos rápidos e acessíveis, foi presa em 2023 considerada responsável por enganar investidores ao fazê-los acreditar que a tecnologia era revolucionária.
Junto com seu braço direito na empresa, Ramesh “Sunny” Balwani, Holmes também foi condenada a pagar US$ 452 milhões aos investidores prejudicados, entre eles o empresário que controla o grupo Fox, Rupert Murdoch.
Holmes disse à People que considera injustos seu julgamento e sua condenação. “Eu me recusei a me declarar culpada por crimes que não cometi. A Theranos fracassou. Mas fracasso não é fraude.”
A derrocada da Theranos se deu após reportagem do Wall Street Journal que questionava a eficácia dos testes da startup.
À People Holmes descreve seu tempo na cadeia como “um inferno e uma tortura”. “É surreal. Pessoas que nunca me conheceram têm opiniões tão fortes sobre mim. Elas não entendem quem eu sou. Isso te obriga a passar muito tempo questionando crenças e esperando que a verdade prevaleça. Estou seguindo pela fé e, no fim, pela verdade.”
Holmes tem dois filhos, concebidos durante o escândalo da Theranos, e é casada com Billy Evans.
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