
Os salários na Argentina registraram um crescimento médio de 145,5% em 2024, superando a inflação acumulada no período, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (12) pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec). O aumento reflete o sucesso da recuperação econômica que vem sendo conduzida pelo governo de Javier Milei, que assumiu a presidência da Argentina no final de 2023.
De acordo com o levantamento oficial, o setor privado formal foi o mais beneficiado, com uma elevação salarial de 147,5% ao longo do ano passado. No setor público, o crescimento foi de 119,3%. Já no setor informal, onde os trabalhadores historicamente enfrentam maior volatilidade econômica, os rendimentos aumentaram 196,7%.
Os números revelam que a recuperação salarial superou a inflação acumulada em 2024, que foi de 117,8%. Isso significa que, pela primeira vez em anos, os trabalhadores argentinos viram seus salários crescerem em termos reais.
À Agência EFE, a consultoria de recursos humanos Michael Page destacou que as empresas em solo argentino buscaram, dentro de suas possibilidades, acompanhar o ajuste necessário para minimizar os impactos da inflação.
“Ao longo do último ano, as empresas fizeram esforços para se aproximar, na medida do possível, do ajuste salarial necessário para conter o impacto da inflação”, apontou a consultoria em um relatório publicado nesta quarta-feira.
Para este ano, as projeções econômicas são ainda mais otimistas. Segundo estimativas de economistas consultados pelo Banco Central argentino, a inflação anual deve cair para 23,2%. Com esse cenário, analistas preveem um fortalecimento ainda maior do salário real e um impulso ao dinamismo do mercado de trabalho.
“A projeção de inflação em queda para 2025 em relação a 2024 sugere que este ano poderá haver uma verdadeira recomposição do salário real, o que impulsionará um maior dinamismo no mercado de trabalho”, acrescentou a Michael Page.
Milei assumiu o governo da Argentina após anos de peronismo, que promovia políticas intervencionistas que levaram o país sul-americano a sucessivas crises inflacionárias. O crescimento dos salários acima da inflação logo no primeiro ano de mandato do libertário indica que as reformas econômicas adotadas por seu governo até agora estão surtindo efeito.
                                                                                                                                                
                                                                                                    
				            
				            
				            
				            
                            
                                        
                                        
				            
				            
				            
				            
 
			        
 
			        
 
			        
 
			        
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