Os três reféns israelenses liberados pelo Hamas, neste sábado (8), na Faixa de Gaza, foram transferidos para o Hospital Ichilov, de Tel Aviv, com sintomas de “desnutrição grave” e perda de peso. A informação foi confirmada pelo Ministério da Saúde de Israel a partir de exames médicos.
“São cenas difíceis”, afirmou o porta-voz do Ministério da Saúde, Hagar Mizrahi, em entrevista coletiva. Foram 16 meses de cativeiro sob o comando do grupo terrorista. Ohad Ben Ami, Eli Sharabi e Or Levy foram libertados em troca de 183 prisioneiros palestinos na primeira fase do cessar-fogo entre Israel e Hamas.
Antes de serem entregues, os terroristas exibiram os três israelenses em palco montado na Faixa de Gaza. A aparência dos que foram soltos pelo Hamas não passou despercebida por todos os presentes, pela imprensa e pelo governo de Israel.
Levy foi sequestrado pelos terroristas na festa rave do dia 7 de outubro de 2023, quando aconteceu a invasão do Hamas no país. A esposa foi morta no dia do ataque, deixando um filho de três anos de idade.
Ami estava em sua casa quando foi levado pelo Hamas. A esposa também foi sequestrada no mesmo dia, mas foi solta em novembro do ano passado.
Eli Sharabi também foi sequestrado em sua casa. A esposa e as filhas, de 13 e 16 anos, foram mortas no mesmo dia, enquanto seu irmão sequestrado foi morto em Gaza, de acordo com uma investigação militar inicial, possivelmente por um bombardeio israelense.
Fórum para Famílias de Reféns e Pessoas Desaparecidas
O Fórum for Families of Hostages and Missing Persons (Fórum para Famílias de Reféns e Pessoas Desaparecidas), que representa os parentes dos sequestrados em 7 de outubro, afirmou que a condição dos libertados neste sábado (8) lembrava as imagens dos campos de concentração nazistas, em 1945.
“Temos que tirar todos os reféns do inferno”, alertou o grupo em comunicado, exigindo que o governo israelense cumpra o acordo de cessar-fogo até o fim, com o objetivo de libertar todos que ainda estão com o Hamas.
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