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Reféns libertadas pelo Hamas passaram meses em túneis de Gaza



Cerca de metade das reféns libertadas pelo Hamas nas últimas duas semanas disseram ao Exército de Israel que passaram mais de oito meses em túneis construídos pelo grupo terrorista, segundo revelou nesta segunda-feira (27) o vice-chefe do corpo médico das Forças Armadas israelenses, o coronel Avi Banov.

“Cerca de metade das reféns das últimas duas semanas disseram que ficaram em túneis por mais de oito meses, sem ver a luz do sol”, disse Banov em entrevista coletiva. “Mentalmente é muito difícil”, acrescentou.

O oficial militar falou nesta segunda com a imprensa para detalhar como as reféns, sequestradas no ataque de milicianos palestinos de 7 de outubro de 2023, chegaram ao primeiro exame médico após deixar o enclave, pelo qual todos passaram na base militar de Reim assim que cruzaram a fronteira.

Depois de deixar a Faixa de Gaza (as três primeiras em 19 de janeiro e as quatro seguintes no último sábado), Banov afirmou que as reféns explicaram que os vídeos que o Hamas publicou delas dentro do enclave foram encenados.

“Elas nos disseram que todos os vídeos encenados eram horríveis para elas. Elas sabiam que os vídeos seriam enviados para as famílias. Para elas, foi uma dor terrível”, comentou.

Uma das quatro mulheres militares libertadas pelo Hamas no sábado, Liri Albag, apareceu em um vídeo divulgado pelo grupo terrorista em 4 de janeiro. Na gravação, parte da guerra psicológica do Hamas usando reféns, Albag apelou diretamente ao governo israelense, perguntando: “Vocês querem nos matar?”.

Banov também disse que as mulheres libertadas chegaram à base de Reim sofrendo de desnutrição leve, baixos níveis de vitaminas e baixa aptidão metabólica.

A base é a primeira parada das reféns depois de deixar Gaza, onde se encontram com parentes, passam por exames médicos iniciais e depois são levadas de helicóptero para um hospital em Tel Aviv.

Ali, segundo o coronel, são orientadas a não usar telefone ou ver televisão por enquanto, fazem o primeiro exame médico, comem um lanche e tomam banho antes ou depois de encontrar os parentes: “A maioria tem algum tipo de ferimento de estilhaço. Algumas têm amputações (…) Fisicamente, levará muito tempo para se reabilitarem”.

Até agora, sete dos 94 reféns que permanecem em Gaza deixaram o enclave. Todas eram mulheres jovens, e as últimas quatro eram militares.

Dos 251 sequestrados nos ataques de 7 de outubro, 87 permanecem em Gaza (além de mais três que estavam presos anteriormente), e Israel estima que 35 estejam mortos.

Na noite desta domingo, o Hamas entregou a Israel uma lista dos reféns mortos e vivos entre os 33 que serão libertados durante a primeira fase do acordo de cessar-fogo, que começou em 19 de janeiro e durará 42 dias.



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