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previsão de inflação dispara para 5,5% com folga acima do teto da meta



Os analistas do mercado financeiro elevaram a expectativa de inflação neste ano para 5,5% de acordo com o Relatório Focus, do Banco Central, divulgado nesta segunda (27). É a 15ª semana seguida de aumento dos preços com folga acima do teto da meta, de 4,5%.

A alta foi de 0,42 ponto percentual na comparação com o estimado na semana passada (veja na íntegra), o que mostra um aumento da preocupação do mercado financeiro com a condução da economia brasileira, o que refletirá diretamente nos juros para tentar conter a inflação.

Ainda nesta semana, na quarta (29) e na quinta (30), os integrantes do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central fazem a primeira reunião do ano e devem elevar a taxa básica de juros (Selic) em 1 ponto percentual dos atuais 12,25%.

A expectativa é de que a elevação dos juros chegue a 15% neste ano, com uma redução para 12,5% em 2026 (com um aumento de 0,25 ponto percentual na comparação com a semana passada), 10,38% em 2027 e 10% em 2028.

“Apesar de necessária, a alta dos juros gera impactos significativos na economia, como menor crescimento do PIB e maior pressão sobre o crédito. O cenário exige uma combinação de medidas fiscais e monetárias para equilibrar o crescimento econômico e o controle inflacionário”, disse Carlos Braga Monteiro, CEO do Grupo Studio.

Já Volnei Eying, CEO da gestora Multiplike, afirma que “o aumento de 1 ponto percentual na Selic, definido pelo Copom esta semana, reforça o compromisso do BC em ancorar a meta da inflação, ainda que isso traga um impacto negativo no crescimento econômico no curto prazo”

A elevação da expectativa de inflação para 2025 também refletiu para os próximos anos, chegando a 4,22% em 2026, 3,9% em 2027 e 3,73% em 2028.

Estes são itens fortemente citados na mais recente pesquisa Quaest de avaliação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que está com a desaprovação começando a superar a aprovação.

PIB e dólar

Apesar do aumento da inflação para este ano, os economistas também preveem uma leve alta do PIB (Produto Interno Bruto, soma de todos os bens e serviços produzidos no país) de 2,04% para 2,06%, 1,72% em 2026, 1,96% em 2027 e 2% em 2028.

Por outro lado, os analistas do mercado financeiro preveem que o câmbio do dólar deve se manter no patamar dos R$ 6 neste ano, que vem oscilando para baixo e fechou em R$ 5,91 na última sexta (24).



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