O ministro da Saúde e ex-ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, desconversou sobre a possibilidade de instauração de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar a fraude bilionária na folha de pagamento de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Padilha disse que desde que assumiu a pasta da Saúde, em março deste ano, está focado apenas nas pautas correspondentes à área da saúde.
“Há 60 dias eu estou no Ministério da Saúde, eu virei a chave já. Nos últimos 60 dias, a minha dedicação o tempo todo é buscar mais acesso ao tratamento da saúde no nosso país”, afirmou Padilha, nesta segunda-feira (12), ao ser questionado pelo Poder360 sobre a CPMI do INSS.
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Mais cedo, o deputado José Guimarães (PT-CE), líder do governo Lula na Câmara, descartou a possibilidade de instauração de uma CPMI para apurar os desvios no INSS. De acordo com Guimarães, falar em CPMI do INSS neste momento é “factóide”.
O deputado ainda afirmou que o governo não deixará a oposição transformar o tema em “palanque político” e que o foco do governo é esperar o avanço das investigações da Polícia Federal (PF) “doa a quem doer”.
Na semana passada, em reunião com lideranças da base governista, a atual ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, pediu apoio para barrar a tentativa da oposição de criar uma CPMI que apure os desvios.
Lula disse não ter pressa com investigação
No sábado (10), durante o último dia da viagem internacional à Rússia, o presidente Lula disse não ter pressa com investigações sobre fraudes no INSS e culpou o governo Bolsonaro pelo escândalo.
“O crime foi um assalto a aposentados e pensionistas nesse país. O que eu acho mais grave: eles não foram no cofre do INSS, eles foram no bolso do povo. Isso nos deixa mais revoltados e por isso vamos a fundo para saber quem é quem nesse jogo e se tinha alguém do governo passado envolvido nisso. Não tenho pressa”, afirmou o petista.
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