Robert F. Kennedy Jr., indicado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para comandar o Departamento de Saúde, negou nesta quarta-feira (29) perante um comitê do Senado que seja contra as vacinas.
“Acredito que as vacinas desempenham um papel fundamental nos cuidados de saúde”, disse RFK Jr. em seu testemunho inicial. Especificamente, ele disse que apoia a inoculação de vacinas contra sarampo e poliomielite.
“Não farei nada como secretário de Saúde que dificulte ou desencoraje as pessoas a tomarem qualquer uma dessas vacinas”, afirmou, ao responder a perguntas de senadores do Partido Democrata.
Os democratas disseram que não tinham confiança nas reviravoltas de RFK Jr. perante o comitê.
O virtual secretário de Saúde dos EUA também abordou a principal crítica que recebeu de setores conservadores, seu apoio ao aborto no passado, quando disse que deveria caber a cada mulher decidir se quer ou não ter um filho.
Hoje, no Senado, ele argumentou que “todo aborto é uma tragédia”.
“Não podemos ser uma nação moral se fizermos 1,2 milhão de abortos por ano”, afirmou.
RFK Jr., filho do ex-procurador-geral Robert F. Kennedy e sobrinho do ex-presidente John F. Kennedy, apoiou Trump antes da eleição de novembro de 2024, após suspender sua campanha presidencial como candidato independente.
Sua nomeação como secretário de Saúde tem sido altamente controversa por causa de suas opiniões sobre vacinas e outros escândalos no passado, tornando sua futura confirmação no Senado uma das mais complicadas para o governo Trump. RFK Jr. já chegou a argumentar que nenhuma vacina é segura ou altamente eficaz e desencorajou seu uso.
Na terça-feira (28), a única filha do ex-presidente Kennedy, Caroline Kennedy, pediu aos senadores em uma carta que rejeitassem a confirmação de seu primo, a quem ela chamou de “predador” e o acusou de levar vários membros da família “ao caminho da dependência de drogas”.
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