O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes pediu nesta terça-feira (29) que os advogados do ex-presidente Fernando Collor expliquem a falta de exames relacionados ao diagnóstico de Parkinson do ex-presidente.
Moraes deu prazo de 48 horas para que a defesa apresente íntegra dos exames de Collor, inclusive os de imagem. O ministro quer analisar os documentos para decidir sobre o pedido de prisão domiciliar para o ex-presidente feito pelos advogados.
O ministro já havia determinado na segunda-feira (28) que os advogados comprovassem em até 48 horas que o ex-presidente tem Parkinson, bipolaridade e apneia do sono grave, como afirmaram. Os documentos médicos foram apresentados, mas Moraes pediu hoje a íntegra dos exames.
O ministro citou nesta terça a inexistência de exames realizados sobre o diagnóstico de Parkinson de Collor e pediu explicações. “Esclareça a inexistência de exames realizados no período de 2019 a 2022, indicativos e relacionados a doença de Parkinson”, escreveu.
Collor está preso desde sexta-feira da semana passada, por decisão de Moraes. Ele determinou que o ex-presidente cumpra a pena de 8 anos e 10 meses por corrupção e lavagem de dinheiro em um esquema na BR Distribuidora entre 2010 e 2014.
Nesta segunda, o STF concluiu o julgamento para endossar a decisão, mantendo a prisão do ex-presidente por 6 votos a 4.
Votaram com Moraes os ministros Flávio Dino, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia e Dias Toffoli. Já André Mendonça, Luiz Fux, Gilmar Mendes e Nunes Marques votaram pela soltura. Cristiano Zanin se declarou impedido, como costuma fazer em processos ligados à Lava Jato.
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