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Ministério Público pede plano para controlar búfalos em RO – 18/02/2025 – Cotidiano


O MPF (Ministério Público Federal) ajuizou uma ação civil pública para que seja determinado o controle e a erradicação de búfalos na região da Reserva Biológica Guaporé, no oeste de Rondônia.

A ação pede que a Justiça Federal determine ao Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade (ICMBio) e ao governo de Rondônia a adoção de medidas para resolver o problema.

Segundo o MPF, o crescimento desordenado da espécie provoca danos ambientais como a compactação do solo, o que causa desertificação e desvia cursos hídricos. Além disso, os búfalos disputam recursos naturais com o cervo do pantanal, uma espécie ameaçada de extinção.

Há também riscos econômicos e sanitários para a região.

Cinco mil búfalos ocupam, atualmente, 12% da reserva. Os animais não são vacinados e não são submetidos a um controle sanitário.

“A existência descontrolada desses animais pode manchar a credibilidade da cadeia pecuária de Rondônia, prejudicando gravemente a economia local”, diz o procurador da República Gabriel Amorim, autor da ação.

O plano de controle deve utilizar métodos que causem o menor sofrimento possível aos animais, pede a ação civil pública.

Os búfalos foram introduzidos à região em 1953, na antiga fazenda Pau d’Óleo, que pertencia ao então território federal do Guaporé, hoje domínio de Rondônia.

Criada como uma fazenda experimental nos anos 1950, a Pau d´Óleo faria a introdução de búfalos na região. No entanto, o projeto foi abandonado e os 36 animais que viviam no local se reproduziram livremente em um habitat com alimento farto e sem predadores e invadiram a reserva biológica.

Segundo o MPF, há o risco de a população de búfalos chegar a 50 mil até 2030, caso nenhuma medida de controle seja adotada. Nesse caso, os animais exóticos ocupariam metade da reserva.

Os ambientes alagados foram reduzidos em 48% nas últimas três décadas por causa do pisoteamento e da abertura de canais com erosão e compactação do solo.

Em 2008, o Ministério Público de Rondônia e representantes de outros órgãos públicos visitaram a região após denúncias sobre intervenções em sítios arqueológicos.

Na visita, não foram encontrados sinais de intervenção humana, mas os agentes públicos constataram a presença de vestígios de búfalos selvagens.

Desde aquela época foram realizadas diversas reuniões em busca de solução, mas até hoje nenhuma medida concreta foi adotada.



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