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mercado vê nova queda da inflação e do câmbio, mas mantém juros a 15%


Os analistas do mercado financeiro estimam que a inflação chegará a 5,2% ao final deste ano de acordo com dados do Relatório Focus, do Banco Central, divulgado nesta segunda (30). É a quinta semana consecutiva de queda, mas ainda acima do teto da meta definida pelo próprio governo, de 4,5%.

Ou seja, os agentes do mercado financeiro esperam um novo estouro da inflação neste ano assim como ocorreu em 2024, o que faz com que se mantenha a expectativa de juros altos para tentar segurar o avanço dos preços. Com isso, se espera que os juros terminem 2025 em 15% (veja na íntegra), como foi definido na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), do BC.

“Em se confirmando o cenário esperado, o Comitê antecipa uma interrupção no ciclo de alta de juros para examinar os impactos acumulados do ajuste já realizado, ainda por serem observados, e então avaliar se o nível corrente da taxa de juros, considerando a sua manutenção por período bastante prolongado, é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta”, disse a autoridade monetária na ata da última reunião do Copom, divulgada na semana passada.

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Há a expectativa de que a inflação comece a ficar mais controlada dentro da meta apenas a partir do ano que vem, quando deve atingir os 4,5% – ainda longe do centro da meta de 3%, que é o ponto em que o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, reitera que o comitê siga atuando.

No entanto, chegar aos 3% ainda está um pouco longe do radar do mercado financeiro, que estima uma inflação de 4% em 2027 e de 3,83% em 2028.

Em paralelo, os juros devem começar a ser reduzidos também apenas a partir do ano que vem, quando se estima a Selic em 12,5%, passando para 10,5% em 2027 e a 10% em 2028. É uma sinalização de que o Banco Central continuará atuando com uma política monetária mais restritiva para segurar o avanço da inflação – e ainda gerando críticas do governo, que espera uma redução dos juros.

O câmbio médio do dólar também deve ser menor ao fim de 2025, chegando a R$ 5,70 – dois centavos a menos do que o estimado na semana passada e 10 a menos do que o previsto há um mês. Para os próximos anos, a cotação da moeda estadunidense terá uma leve variação:

  • 2025: 5,70;
  • 2026: R$ 5,79;
  • 2027: R$ 5,75;
  • 2028: 5,80.

Já o crescimento da economia brasileira, medido através do PIB, segue sem alterações e deve chegar aos 2,21% neste ano. Para o ano que vem, se espera uma alta de 1,87% e de 2% em 2027 e 2028.



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