Desde 1965, quando ocorreu a primeira edição do Olympia, nenhum homem brasileiro conseguiu conquistar o título mais importante do fisiculturismo mundial como atleta. Entretanto, a história pode mudar neste ano. Nos dias 9 e 10 de agosto, no Japão, acontecerá o Masters Olympia, divisão exclusiva para atletas com 40 anos de idade ou mais.
Na categoria Open, onde não há limite de peso, o Brasil será representado por Odilon Batista e Marcelo Cruz, que atualmente vive o melhor momento de sua carreira como fisiculturista profissional.
Em abril, o atleta catarinense ficou com a terceira colocação do Arnold Sports Festival South America, o Arnold Classic Brasil. Semanas depois, foi a Pittsburgh se colocar entre os melhores fisiculturistas do planeta.
Ao falar sobre o Masters Olympia, Cruz aponta que a ideia é conquistar o título. Em entrevista exclusiva ao blog, o educador físico também revela que “já pensou” na hipótese de fazer história ao vencer o show.
Apesar do otimismo, Cruz administra as expectativas e destaca o fato de que o fisiculturismo é julgado de maneira subjetiva, portanto não há como ter certeza a respeito de um possível resultado positivo: “não gosto de falar muito para não criar muita expectativa com relação ao público. No nosso esporte, você depende de uma arbitragem. Às vezes, a arbitragem quer um físico mais volumoso e menos condicionado, por exemplo. Tem muito a questão de gosto. Tem pessoas que gostam de banana, outras, de maçã. Não tem o que fazer, é gosto pessoal. Eu vou para ganhar, darei meu 100%”.
Segundo Cruz, a ideia é de que ele compita um pouco mais pesado do que nos últimos dois shows com o mesmo condicionamento – fator pelo qual ele mais é conhecido – apresentado nessas ocasiões. “Minha intenção é manter o condicionamento dos últimos campeonatos, mas apresentar um físico 1,5kg ou 2kg mais pesado”, diz.
O fisiculturista também explica a estratégia que deve seguir no Masters Olympia, bem como os eventuais perigos que essa tática pode trazer: “mesmo se eu chegar um pouco mais cheio, eu não estarei menos condicionado que meus adversários. O único perigo dessa estratégia é uma possível distensão abdominal, o que às vezes acontece quando o atleta quer encher demais na finalização. Por isso, tenho que ser cauteloso”.
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