O Starship, o maior e mais poderoso foguete já desenvolvido pela SpaceX com 123 metros de altura, sofreu uma explosão durante um voo teste realizado nesta quinta-feira (16), desintegrando-se sobre o Oceano Atlântico minutos após o lançamento. Apesar do contratempo, o propulsor Super Heavy, que impulsiona a nave na primeira etapa do voo, completou com sucesso seu retorno controlado ao local de lançamento, marcando um avanço significativo na meta da SpaceX de criar foguetes totalmente reutilizáveis.
O teste realizado nesta quinta-feira, mesmo dia em que o gigante New Glenn da Blue Origin alcançou a órbita, tinha como objetivo levar cargas simuladas ao espaço. A explosão provocou desvios de voos comerciais na região do Golfo do México, devido ao risco de queda de destroços.
A SpaceX disse que perdeu comunicação com o estágio superior do Starship, onde estava a nave que explodiu, cerca de oito minutos após o lançamento, quando o foguete ainda estava subindo.
“Perdemos todas as comunicações com a nave – isso essencialmente nos indica que houve uma anomalia no estágio superior”, declarou Dan Huot, gerente de comunicações da SpaceX. Minutos depois, a empresa confirmou que a nave acoplada ao foguete havia sido destruída.
O incidente, registrado por observadores em diversas localidades, mostrou fragmentos brilhantes riscando o céu e deixando rastros de fumaça. Elon Musk, CEO da SpaceX, comentou o ocorrido em tom de otimismo e humor.
“O sucesso é incerto, mas o entretenimento é garantido!”, escreveu ele em sua rede social X, acompanhando um vídeo da explosão.
O estágio superior do Starship, 2 metros mais alto que as versões anteriores – que levava a nave explodida – apresenta melhorias significativas. A missão planejava realizar um pouso controlado no Oceano Índico após o lançamento.
Musk explicou que a causa preliminar da explosão foi um vazamento de oxigênio líquido na cavidade acima da barreira de fogo dos motores.
“Isso foi suficiente para acumular pressão acima da capacidade de ventilação”, afirmou o empresário. Ele destacou que a SpaceX já planeja implementar medidas corretivas, incluindo supressão de incêndios e aumento na capacidade de ventilação.
Apesar do contratempo, Musk mantém sua ambição de realizar pelo menos 12 novos lançamentos do Starship em 2025.
“Nada até agora sugere que o próximo voo precise ser adiado para além do próximo mês”, disse ele.
O teste desta quinta-feira marcou o sétimo lançamento do Starship desde 2023. A SpaceX utiliza uma estratégia de “teste ao limite”, sujeitando seus protótipos a condições extremas para identificar e corrigir falhas. A fase inicial da missão desta quinta foi bem-sucedida: o propulsor Super Heavy retornou ao ponto de lançamento, desacelerando com precisão graças à reativação dos motores Raptor e ao uso dos braços mecânicos da torre.
A SpaceX continua avançando no desenvolvimento do Starship, peça-chave nos planos de Musk de colonizar Marte e expandir a exploração espacial.
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