O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta (18) que seu governo conseguiu ter 99% das pautas econômicas enviadas ao Congresso aprovadas nestes três anos de gestão de seu terceiro mandato. A comemoração ocorreu, no entanto, minimizando as derrotas sofridas no período entre projetos derrubados e aqueles negociados em acordo por outros criticados pelo Planalto.
O balanço foi feiro durante uma entrevista coletiva no final da manhã em que voltou a destacar que foi eleito com uma base aliada insuficiente tanto na Câmara dos Deputados como no Senado, além de retomar os ataques ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de que assumiu o governo com um país “destruído”.
“Conseguimos aprovar 99% de tudo o que o governo mandou de interesse econômico para o Congresso. Conversando com as casas e os partidos, terminaremos o ano com o [ministro Fernando] Haddad feliz. […] O que vai acontecer é que daqui pra frente, quando alguém ganhar e governar esse país, vai pegar com outro jeito de governança, com uma politica tributária mais equilibrada”, destacou.
Lula, no entanto, não comentou que, na véspera, o Senado aprovou o projeto de lei da dosimetria das penas dos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023 que o governo era contra, mas que precisou ceder para ter aprovada a proposta que corta incentivos fiscais privados e aumenta a taxação das bets e das fintechs.
Ele ainda ressaltou que todas as projeções econômicas feitas desde que venceu a eleição de 2022 “não deram certo” e que, mesmo com um Congresso anterior eleito na esteira da vitória do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), conseguiu fazer aprovar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que furou o teto de gastos em vigor na época para “pagar a dívida do governo anterior”.
“As projeções são sempre muito negativistas, sempre nivelando as coisas por baixo. Montamos um time com a disposição de recuperar o país, porquê esse país foi destruído em todas as áreas. Fizemos tudo sem ficar xingando o governo anterior, ganhamos as eleições para governar o brasil e tínhamos que ter na mente que a arte de governar é cuidar do país e do povo brasileiro”, completou.
Lula ainda defendeu os indicadores econômicos deste terceiro ano de governo, com a menor inflação nos últimos anos, e feitos como a aprovação da reforma tributária, a “justiça tributária”, a realização da COP 30 em Belém, a “amizade” com o presidente Donald Trump em meio ao tarifaço imposto ao Brasil, entre tantos outros.


Deixe um comentário