Em busca da popularidade perdida, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) celebra a retomada da indústria naval brasileira pela segunda vez em oito dias.
Na semana passada, esteve em Angra dos Reis (RJ) para anunciar a segunda licitação de navios da Petrobras em seu terceiro mandato.
Neta segunda (24), estará em Rio Grande (RS) para a assinatura dos contratos da primeira licitação, de quatro navios para o transporte de combustíveis, que serão construídos no Estaleiro Rio Grande.
Lula tem viajado o país para eventos em que defende seu governo, que tem hoje a pior aprovação de todos os três mandatos, segundo pesquisa Datafolha divulgada há duas semanas.
Esteve em Macapá, Belém, Carajás (PA), Angra dos Reis (RJ), Itaguaí (RJ) e Rio de Janeiro, onde participou da cerimônia de 45 anos do PT.
As agendas de Angra e de Rio Grande são patrocinadas pela Petrobras, cuja presidente, Magda Chambriard, foi nomeada com a missão de agilizar entregas para Lula antes da campanha eleitoral de 2026.
Magda tem dito que a Petrobras vai acelerar encomendas e contribuir para o crescimento da economia brasileira, repetindo a agenda desenvolvimentista dos governos do PT nos anos 2000, interrompidas após a descoberta do esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato.
O contrato com o estaleiro Rio Grande prevê aquisição de quatro navios para transporte de derivados de petróleo na costa brasileira (como diesel marítimo, diesel S10 e gasolina de aviação), com valor de US$ 69,5 milhões (quase R$ 400 milhões) por embarcação.
Esse é o primeiro contrato assinado pela Transpetro sob o Programa de Renovação e Ampliação da Frota do Sistema Petrobras. Na semana passada, Transpetro havia lançado uma concorrência internacional (licitação, ainda sem assinatura de contrato) para oito navios gaseiros.
Segundo a Transpetro, os novos navios irão ampliar o atendimento à Petrobras , “permitindo a redução da sua exposição ao afretamento desse tipo de unidade, que tem baixa liquidez no mercado”.
Além de Lula, estarão presentes na cerimônia o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, entre outras autoridades.
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