O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou nesta quinta-feira (23) por telefone com a presidente do México, Claudia Sheinbaum, informou o Palácio do Planalto em nota divulgada à imprensa.
Segundo o Planalto, na conversa, os líderes discutiram “a agenda bilateral e regional, reafirmando o compromisso de fortalecer relações produtivas com todos os países das Américas”, incluindo com o novo governo dos Estados Unidos, liderado pelo republicano Donald Trump.
Ainda de acordo com o Planalto, Lula e Sheinbaum destacaram no telefonema a “importância de promover a paz, a democracia e o desenvolvimento na região”. Ambos concordaram em intensificar os laços por meio de foros como a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC).
Lula reforçou o convite para que Sheinbaum visite o Brasil em uma visita de Estado, destacando o “excelente momento do relacionamento bilateral” entre os países. Ainda segundo o Planalto, os dois mandatários concordaram que manter canais regulares de comunicação entre Brasília e Cidade do México será essencial para a coordenação de esforços em pautas regionais.
Nesta quarta-feira (22), Sheinbaum já havia anunciado que conversaria com Lula e que buscaria “unidade na América Latina” diante da nova gestão de Trump. Ela revelou que já conversou com outros líderes da região, como a presidente de Honduras, Xiomara Castro, e o presidente da Guatemala, Bernardo Arévalo.
Sheinbaum também comentou os desafios relacionados à migração, uma questão central na política de Trump. Segundo ela, o governo mexicano está preparado para receber cidadãos deportados dos Estados Unidos, onde cerca de 11 milhões de imigrantes ilegais vivem atualmente.
“Nosso interesse é a defesa dos mexicanos”, afirmou.
O governo mexicano também já iniciou conversas com a nova equipe de Trump. Na terça-feira (21), o ministro das Relações Exteriores do México, Juan Ramón de la Fuente, falou com o secretário de Estado americano, Marco Rubio, sobre questões de migração e segurança.
“Foi uma conversa muito boa, muito cordial”, relatou Sheinbaum, sinalizando a disposição de manter uma relação pragmática com Washington.
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