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Jovens da Geração Y lideram entre os que querem morar fora



Dividida por um conflito geracional, quase metade da população (40%) diz querer morar fora do país. O movimento é liderado principalmente pelos mais jovens — em especial pela Geração Y, enquanto os mais velhos tendem a permanecer.

Os dados constam do 18º levantamento do Observatório Febraban, divulgado recentemente, e revelam um país em que o desejo de partir cresce à medida que a idade diminui, mesmo com a maioria (57%) ainda declarando preferência por ficar.

Metade dos integrantes da Geração Y (50%), formada por brasileiros nascidos entre 1980 e 1995, afirma querer deixar o país. Logo atrás aparece a Geração Z (44%), composta por nascidos entre 1995 e 2010, que já projeta seu futuro fora das fronteiras nacionais. São grupos que convivem com o Brasil, mas não necessariamente se veem nele no longo prazo.

Na outra ponta, o apego ao território cresce com a idade. Apenas 35% da Geração X planejam morar fora, percentual que recua ainda mais entre os Baby Boomers, onde só 25% cogitam emigrar. O levantamento ouviu 3 mil pessoas em todas as regiões do país, entre o final de novembro e o início de dezembro, e confirma que a disposição para sair é inversamente proporcional à idade.

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Destinos são inúmeros, mas EUA lideram preferência

A divisão entre partir e permanecer também se reflete na escolha dos destinos. A Europa concentra 60% das intenções totais, funcionando como o principal polo de atração dos brasileiros que pensam em emigrar. Dentro do continente, Portugal (22%) e Itália (12%) lideram as preferências. Ainda assim, quando analisados os países individualmente, os Estados Unidos surgem isolados no topo, como destino preferido de 37% dos entrevistados. O Canadá aparece em seguida, com 9% das menções.

Apesar do impulso de saída, os laços simbólicos com o Brasil seguem ativos. O futebol continua sendo um dos principais elementos de identidade nacional no exterior, citado por 26% da população. A relação, no entanto, é menos entusiasmada do que em outros períodos e reflete a ambiguidade que marca o país.

Essa ambivalência aparece também nas expectativas para a Copa do Mundo de 2026. 43% acreditam que o Brasil tem alguma chance de conquistar o título, enquanto 21% demonstram otimismo elevado, apostando em muitas chances de vitória. Por outro lado, 31% dizem que o país não tem chances de ser campeão.



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