terça-feira , 28 outubro 2025
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inflação acima da meta em junho e “surpresas positivas” nos preços



Segundo Haddad, os efeitos dos juros altos – que estão em 13,25% – demoram a se materializar completamente, o que deve ocorrer apenas na metade do ano.

“Tem que ser muito calibrado para que o remédio não seja nem aquém, nem além da necessidade de garantir aquela [meta de] inflação, até porque, se for além, você vai ter problemas fiscais pelo lado da receita, pelo lado da atividade econômica, pelo investimento”, afirmou em entrevista à GloboNews na quarta (5).

Haddad afirmou que o governo não vai interferir na gestão do economista Gabriel Galípolo a frente do Banco Central, e que a autarquia tem total autonomia para conduzir a política monetária. Apesar da expectativa de estouro da meta, Haddad acredita que podem surgir “surpresas positivas” se a política econômica for bem conduzida.

“O choque de juros foi muito forte, então a resposta virá mais rapidamente, e penso que poderemos ter uma acomodação mais rápida dos preços”, disse.

Desde dezembro, o Banco Central vem elevando a taxa básica de juros em dois pontos percentuais, chegando a 13,25% ao ano na semana passada e a expectativa de um novo aumento na reunião de março. A ata do Copom divulgada na última terça (4) indicou que a inflação deve permanecer acima do teto da meta até meados do ano.

Haddad também defendeu a necessidade de revisar periodicamente as despesas do governo e os gastos tributários, afirmou que às vezes sente um cansaço da atividade e que “colocar ordem na rubrica A, B ou C é extenuante”. No entanto, afirmou acreditar que a maior parte das questões legislativas de interesse do Ministério da Fazenda será resolvida ainda em 2025.

O ministro também comentou a polêmica declaração sobre o valor do dólar, feita em janeiro, de que um câmbio acima de R$ 5,70 estava “caro”. Agora, ele admite que não deveria ter falado sobre o assunto.

“Foi no calor do debate”, justificou sobre a entrevista concedida à CNN Brasil em que declarou que “não compraria dólar acima de R$ 5,70 porque é caro para as condições de fundamento da economia brasileira”.

O ministro reforçou que a responsabilidade é garantir o equilíbrio macroeconômico e que o câmbio flutuante tem o papel de acomodar choques externos. Segundo ele, a intenção ao comentar sobre o câmbio era apontar que, diante dos fundamentos da economia, o dólar havia se descolado de seu patamar de longo prazo.



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