segunda-feira , 3 novembro 2025
| Cidade Manchete
Lar Economia Governo Lula firma acordos com Rússia e China
Economia

Governo Lula firma acordos com Rússia e China


O Ministério da Fazenda oficializou, nesta segunda-feira (11), dois memorandos que firmam novas alianças com a Rússia e a China. Os documentos criam mecanismos permanentes para diálogo econômico e financeiro. Com os entendimentos, Brasil e parceiros reforçam atuação conjunta em fóruns multilaterais, como Brics e G20. Além disso, os textos preveem avanços em infraestrutura e projetos ambientais.

O ministro Fernando Haddad e o ministro das Finanças da Rússia, Anton Siluanov, assinaram o documento que cria o Diálogo Econômico e Financeiro bilateral. O canal garante comunicação estável entre os ministérios.

O memorando define sete áreas prioritárias:

  • políticas macroeconômicas;
  • enfrentamento de desafios e reformas;
  • cooperação tributária;
  • financiamento de infraestrutura;
  • novas oportunidades bilaterais;
  • atuação conjunta em fóruns multilaterais;
  • outros temas de interesse mútuo.

O texto não cria obrigações jurídicas nem compromissos financeiros compulsórios. Cada país assumirá seus custos e manterá a confidencialidade das informações, salvo autorização expressa.

Brasil e Rússia estabelecem diálogo econômico e financeiro permanente para ampliar cooperação em infraestrutura, políticas macroeconômicas e fóruns multilaterais.Brasil e Rússia estabelecem diálogo econômico e financeiro permanente para ampliar cooperação em infraestrutura, políticas macroeconômicas e fóruns multilaterais. (Foto: Ricardo Stuckert/Agência Brasil)

Alianças com Rússia e China ampliam agenda econômica e ambiental

O ministro Fernando Haddad e o ministro chinês das Finanças, Lan Fo’an, assinaram memorando que atualiza entendimentos anteriores, de 2024 a maio de 2025. O novo documento incorpora iniciativas adicionais e consolida projetos em andamento.

O Brasil incluiu no texto a Nova Indústria Brasil (NIB), o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o Plano de Transformação Ecológica e o Programa Rotas da Integração Sul-Americana. Já a China incorporou a Iniciativa Cinturão e Rota.

O entendimento prevê ampliar projetos conjuntos, elevar o nível de cooperação econômica e impulsionar integração regional sustentável. Além disso, reafirma a Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban) como principal instância de coordenação.

O texto também destaca a cooperação em finanças e o apoio chinês ao Fundo Florestas Tropicais para Sempre. A iniciativa brasileira foca na preservação ambiental e terá impacto esperado na COP30. Além disso, reforça que países desenvolvidos devem contribuir para mecanismos de proteção das florestas tropicais.

Assim como no acordo com a Rússia, o memorando com a China não cria obrigações legais. O documento fixa diretrizes políticas para áreas estratégicas de cooperação.

EUA questionam influência chinesa no agronegócio brasileiro

Enquanto o Brasil oficializa acordos estratégicos com Rússia e China para ampliar diálogo econômico e projetos conjuntos, o governo dos Estados Unidos sinaliza uma investigação sobre os investimentos da China no setor agrícola do Brasil. A apuração, prevista na proposta do Intelligence Authorization Act para 2026, que para o Estado americano começa no dia 1º de outubro de 2025, avalia o impacto desses aportes na cadeia global de suprimentos e na segurança alimentar.

O texto, aprovado pela Comissão de Inteligência do Senado, determina que a diretora nacional de inteligência, Tulsi Gabbard, apresente relatório detalhado em até 90 dias após a promulgação da lei. O estudo analisará o papel do governo chinês e do presidente Xi Jinping nas negociações agrícolas com o Brasil.

Conforme o texto, a investigação deve analisar:

  • A participação ou direção do presidente chinês Xi Jinping nas interações com a liderança brasileira sobre o setor agrícola;
  • O grau de envolvimento do governo chinês no setor agrícola brasileiro;
  • As intenções estratégicas, caso existam, do envolvimento ou orientação de Xi Jinping para investir no agronegócio brasileiro;
  • O número de autoridades chinesas ou entidades controladas pelo governo da China que investiram no setor agrícola do Brasil, incluindo joint ventures com empresas brasileiras;
  • Os impactos desses investimentos ou controle na cadeia de suprimentos, no mercado global e na segurança alimentar.



Source link

Deixe um comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Artigos relacionados

Economia

Receita aperta o cerco ao aluguel com “CPF dos imóveis”

A Receita Federal intensifica o cerco à informalidade no mercado imobiliário com...

Economia

o cerco da Receita a aluguéis informais

A partir de 2026, proprietários que alugam imóveis informalmente enfrentarão um cerco...

Economia

China vai dar autorização especial ao Brasil para imporat chips

Fabricantes brasileiros do setor automotivo poderão receber uma autorização especial do governo...

Economia

Brasil deve propor aumento de fluxo comercial em acordo com Trump

O governo Lula discute internamente que propostas pode fazer a Donald Trump...