
O crédito ampliado às famílias cresceu 1,2% entre outubro e novembro de 2025, atingindo 37,2% do PIB (Produto Interno Bruto). Olhando para cada membro dessas famílias, a busca por crédito subiu 1,3%, puxada especialmente pelos financiamentos automotivos (2,3%).
Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (26) pelo Banco Central do Brasil. Além do alto volume de operações, as famílias têm pago mais caro pelo crédito: a taxa de juros média ficou em 59,4% ao ano, acima da taxa básica de juros (Selic), atualmente em 15%. Com isso, cerca de 49,3% das famílias estão endividadas, com valores de cerca de 29,4% da renda.
Os brasileiros já enfrentam o crédito mais caro desde 2020, apesar da taxa de desemprego em lento recuo. O governo Lula (PT) assumiu com inflação em 5,77%. Hoje, o indicador está em 5,17%, com expectativas do mercado para chegar a 4% ao final de 2026.
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No setor público, a dívida já beira os 80% do Produto Interno Bruto (PIB), mas o que mais chama a atenção é o rombo nas estatais: os Correios adquiriram um empréstimo de R$ 12 bilhões e planejam demitir até 15 mil trabalhadores para conter o prejuízo que pode chegar a R$ 10 bilhões no fechamento de 2025. Lula deve encerrar 2025 com o maior rombo nas estatais do século. Em 2019, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), as empresas públicas atingiram recorde de lucro, com R$ 10 bilhões de dinheiro extra nos cofres.
O governo federal tem entrado em tensão com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, por conta dos juros mantidos. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, chegou a culpar a Selic pelo alto endividamento da União. O mercado também está de olho nas informações acerca da pressão do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes no Banco Central, acerca do Banco Master. A informação foi divulgada pelo jornal O Globo. Moraes diz que a reunião com Galípolo ocorreu apenas para tratar da Lei Magnitsky.

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