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Ex-Testemunhas de Jeová organizam protesto em SP – 14/02/2025 – Mônica Bergamo


Um grupo de 50 ex-Testemunhas de Jeová prepara para este sábado (15) um protesto na chegada ao Brasil de Robert Ciranko, um dos líderes da igreja. O ato será realizado em Cesário Lange, no interior de São Paulo, sede da comunidade religiosa e cidade onde o missionário americano ficará hospedado.

Os dissidentes afirmam que a manifestação tem o intuito de chamar a atenção para três pontos: denunciar casos de pedofilia e abuso sexual que seriam acobertados pela igreja; pedir a revogação de uma norma interna que recomenda que praticantes da doutrina não tenham mais contato com familiares e amigos que deixaram de ser Testemunhas de Jeová; e repudiar a regra de que membros da comunidade não podem receber transfusão se sangue.

O protesto é organizado pelo profissional liberal Yann Rodrigues, que foi expulso de casa aos 15 anos após se desvincular da igreja. Desde 2024, ele está à frente do Movimento de Ajuda às Vítimas das Testemunhas de Jeová (MAV-TJ).

“Muitas Testemunhas de Jeová dizem que não orientam ninguém a perder laços familiares, já que a escolha em seguir ou não a religião é assunto pessoal. Só que, na prática, não é isso o que acontece”, afirma Rodrigues.

“Há famílias divididas, fragmentadas por essa ideia tão ultrapassada e separatista. E isso acontece em várias partes do Brasil e em diferentes camadas sociais”, complementa.

Sobre as denuncias de abuso sexual, o objetivo do grupo é pedir a revogação de uma regra interna que afirma que deve haver, no mínimo, duas testemunhas para que casos de pedofilia sejam julgados dentro da igreja. Segundo eles, essa norma ajuda a encobrir violências e a proteger criminosos.

Em 2019, o Ministério Público abriu um inquérito para investigar a suspeita de que a associação religiosa age para acobertar casos de abuso em suas congregações.

Procurada, a instituição que gere as Testemunhas no Brasil não se pronunciou até a conclusão deste texto. Anteriormente, em reportagem da Folha com ex-fiéis que se dizem isolados pela igreja, a comunidade diz que a ruptura “não coloca fim aos vínculos que a pessoa tem com sua família”. A opção seria de foro íntimo.

Sobre casos de abuso, as Testemunhas de Jeová afirmaram anteriormente que “abominam qualquer tipo de violência, inclusive a sexual, e a consideram como um crime”.

Com sede nos EUA, as Testemunhas de Jeová tinham 1,4 milhão de adeptos no Brasil, segundo o censo de 2010, o dado oficial mais atualizado sobre a religiosidade nacional.

com KARINA MATIAS, LAURA INTRIERI e MANOELLA SMITH


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