O ex-ministro dos Direitos Humanos do governo Lula (PT) Silvio Almeida chegou por volta as 14h desta terça-feira (25) à sede da Polícia Federal, em Brasília, para prestar depoimento. O interrogatório se estendeu até o fim da tarde. Por volta das 18h, ele deixou o prédio.
Almeida é investigado por denúncias de importunação e assédio sexual recebidas pela organização Me Too Brasil. Uma das vítimas teria sido Anielle Franco, chefe da pasta da Igualdade Racial. O ex-ministro nega as acusações. A defesa alegou o sigilo da apuração e não quis comentar.
Dois inquéritos foram abertos para investigar o caso, um pelo MPT (Ministério Público do Trabalho) e outro no STF (Supremo Tribunal Federal), a pedido da PF. A apuração no Supremo, que tem o ministro André Mendonça como relator, está sob segredo de Justiça.
Em entrevista ao UOL, Almeida negou as acusações, disse ter sido alvo de intriga política para desgastá-lo e que Anielle Franco “se perdeu num personagem” quando o acusou de importunação sexual.
“Acho que ela [Anielle] caiu numa armadilha, a falta de compreensão de como funciona a política —a armadilha em que eu caí também”, afirmou o ex-ministro.
“Não prestei atenção em coisas em que deveria ter prestado mais atenção. Ela, da mesma forma. Ela se perdeu num personagem. Para tentar me desgastar, ela participou desse espalhamento de fofocas e intrigas sobre mim.”
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