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Embaixada com opositores asilados em Caracas fica sem energia



A oposição venezuelana denunciou nesta terça-feira (18) que a Embaixada da Argentina em Caracas, onde cinco opositores do regime de Nicolás Maduro na Venezuela permanecem asilados desde março de 2024, ficou sem energia após o colapso do gerador que abastecia o local. A sede diplomática, protegida pelo Brasil após a expulsão da equipe argentina, está sem fornecimento de eletricidade por parte do Estado venezuelano desde que os dissidentes buscaram refúgio no local, o que a oposição considera uma medida deliberada do regime chavista para pressionar os asilados.

O líder opositor e vencedor de fato, segundo atas, do pleito presidencial de 2024, Edmundo González Urrutia, e a líder política María Corina Machado classificaram a situação como “tortura” e acusaram o regime de Maduro de intensificar o cerco contra os refugiados.

González denunciou em sua conta no X que “o regime fez tudo o que podia para que colapsasse o único sistema que por apenas quatro horas ao dia gerava luz, permitia que a bomba de água funcionasse e mantinha o mínimo de frio na geladeira”. Ele alertou que as consequências para os asilados são “terríveis”.

María Corina Machado, por sua vez, afirmou que a situação na Embaixada da Argentina se tornou uma “tortura pura e dura”. Segundo ela, os opositores estão “sem luz, sem água, sem conexão e agora com risco de perder a comida”.

“Aqui se violam todos os acordos internacionais à vista do mundo. E o mundo democrático tem que agir já junto a quem luta sem descanso por nossa democracia, até conseguirmos a liberdade”, declarou a opositora.

A Plataforma Unitária Democrática (PUD), principal coalizão de oposição, divulgou um comunicado informando que “na madrugada desta terça-feira colapsou e deixou de funcionar o gerador elétrico que mantinha com energia a Embaixada da Argentina em Caracas desde novembro do ano passado”.

O grupo opositor também ressaltou que, nos últimos três meses, o gerador funcionava de forma racionada, pois a estatal elétrica Corpoelec “se apropriou dos fusíveis da sede argentina”, restringindo ainda mais o acesso à eletricidade. Sem a energia do gerador, a conservação dos alimentos dos asilados se tornou um problema crítico.

“A exigência é que sejam devolvidos os fusíveis elétricos que garantem a energia corrente na embaixada”, destacou a PUD, alertando para a gravidade da situação.

Os cinco opositores asilados na sede diplomática são Magalli Meda, Claudia Macero, Ómar González, Pedro Urruchurtu e Humberto Villalobos, todos ligados a María Corina Machado e perseguidos pelo regime chavista sob acusações de conspiração e traição à pátria.

Desde agosto de 2024, o governo brasileiro assumiu a proteção da Embaixada da Argentina em Caracas, após a expulsão do corpo diplomático argentino pelo regime de Maduro. No entanto, em setembro, o ditador venezuelano revogou a autorização para que o Brasil assumisse oficialmente essa função, dificultando ainda mais a proteção dos asilados.

Ainda assim, a chancelaria brasileira afirmou que continuará com a “custódia e defesa dos interesses” da Argentina até que outro país seja designado para essa função, conforme exigência de Maduro.

A oposição venezuelana intensificou os apelos para que a comunidade internacional pressione o regime chavista a garantir os direitos dos refugiados políticos e a permitir sua saída segura do país.



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