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Desemprego cai para 5,4% em outubro e soma 5,9 milhões de pessoas


A taxa de desemprego no Brasil recuou para 5,4% no trimestre encerrado em outubro, atingindo o menor nível da série histórica e somando 5,9 milhões de desocupados, segundo dados do IBGE divulgados nesta sexta (28). O resultado ficou abaixo do esperado pelo mercado, de 5,5%, ainda com a persistência da informalidade e crescimento do setor público.

Áreas ligadas à administração pública registraram uma alta de 1,3%, agregando 252 mil pessoas, enquanto que a construção avançou 2,6% e somou 192 mil trabalhadores. Por outro lado, os “outros serviços” recuaram 2,8% no trimestre, com menos 156 mil trabalhadores.

Na comparação com o mesmo período de 2024, transportes cresceram 3,9%, com 223 mil pessoas, e o setor público ampliado avançou 3,8%, adicionando 711 mil trabalhadores. Serviços domésticos, porém, encolheram 5,7%, com perda de 336 mil empregos, num movimento que reflete ajustes no consumo das famílias principalmente pelas restrições de crédito.

“Quando observamos todos os trimestres móveis encerrados em outubro, essa taxa é a menor já registrada pela pesquisa. Também vemos que a população desocupada permanece abaixo dos patamares observados anteriormente”, destaca Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE.

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Segundo o IBGE, a população ocupada se manteve estável em 102,6 milhões de pessoas, mas acumula alta de 926 mil trabalhadores em um ano. O nível de ocupação permaneceu em 58,8%, repetindo o comportamento estável tanto em relação ao trimestre anterior quanto no ano.

O setor privado registrou 52,7 milhões de empregados, o maior número da série histórica, embora sem variação relevante no período. Os trabalhadores com carteira assinada chegaram a 39,2 milhões, outro recorde, com alta de 2,4% em um ano, enquanto os sem carteira ficaram em 13,6 milhões, queda anual de 3,9%.

No setor público, o contingente alcançou 12,9 milhões de pessoas, crescimento de 2,4% em relação ao ano anterior, mantendo estabilidade no trimestre. O trabalho por conta própria somou 25,9 milhões, avanço de 3,1% em um ano, mas sem alterações significativas no trimestre.

A informalidade atingiu 37,8% dos ocupados, o equivalente a 38,8 milhões de pessoas, repetindo o percentual anterior, mas abaixo dos 38,9% de 2024. O rendimento médio real ficou em R$ 3.528, novo recorde, com alta de 3,9% no ano e estabilidade trimestral.

A massa de rendimentos alcançou R$ 357,3 bilhões, também recorde, com alta anual de 5,0% e sem variação no trimestre. Já a força de trabalho totalizou 108,5 milhões de pessoas, mantendo estabilidade tanto frente ao trimestre anterior quanto na comparação anual.

“A manutenção do elevado contingente de trabalhadores, associado à estabilidade do rendimento, permite os valores recordes da massa de rendimento”, completou Adriana Beringuy.



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