A destinação de emendas parlamentares por deputados bolsonaristas para um filme, revelada pelo UOL, contradiz discurso do próprio Jair Bolsonaro com relação ao uso de dinheiro público para produções culturais.
Em julho de 2019, Bolsonaro, na época presidente, foi às redes sociais pedir que os produtores do filme “Nem Tudo se Desfaz”, do cineasta Josias Teófilo, desistissem da captação de R$ 530 mil via Lei do Audiovisual, por meio de renúncia fiscal.
O filme mostra, entre outros acontecimentos, a facada que Bolsonaro levou na campanha de 2018.
“Não concordamos com uso de dinheiro público também para estes fins”, disse Bolsonaro na ocasião.
Como mostrou o UOL, os deputados Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Mário Frias (PL-SP) e Marcos Pollon (PL-MS) destinaram R$ 860 mil para a produção do documentário “Genocidas”, pela produtora gaúcha Passos da Liberdade.
A empresa é de propriedade de Rodrigo Cassol Lima, que ocupou cargo na Secretaria da Cultura no governo Bolsonaro.
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