Três deputadas estaduais negras afirmam terem sido vítimas de racismo no Aeroporto de Guarulhos, nesta sexta-feira (11), ao retornarem de um congresso no México no qual debateram violência de gênero e raça.
Ediane Maria (PSOL-SP), Andreia Maria de Jesus (PT-MG) e Leninha (PT-MG), que é vice-presidente da ALMG (Assembleia Legislativa de Minas Gerais), representaram o Brasil no painel internacional de Mulheres Afropolíticas no México, nessa quinta (10).
As parlamentares retornaram ao Brasil nesta sexta e disseram que, ao passarem pelo scanner, na saída da alfândega, logo após o desembarque, foram selecionadas para uma revista pelos agentes de segurança da PF (Polícia Federal). Segundo Ediane Maria, nenhum outro grupo foi parado pela polícia.
“A revista aleatória, que de aleatória não tem nada, é mais uma prática discriminatória e racista. Eu estava na fila do desembarque, com mais duas deputadas estaduais, e de todos que estavam na fila, só nós, três mulheres negras, que fomos escolhidas”, disse ela à Folha.
Ainda de acordo com a deputada, os agentes não solicitaram nenhuma documentação às três parlamentares. O trio registrou um boletim de ocorrência online à Delegacia da Diversidade denunciando racismo.
Procurada pela Folha, a equipe de comunicação do Aeroporto de Guarulhos não retornou aos questionamentos sobre o episódio relatado pelas deputadas.
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