O motorista que matou 35 pessoas por atropelamento, em 11 de novembro, e o ex-estudante que matou oito a facadas, cinco dias depois, foram executados nesta segunda-feira (20) na China, de acordo com a agência oficial de notícias Xinhua e a rede CCTV.
Fan Weiqu, 62, e Xu Jiajin, 21, foram condenados já em dezembro nas cidades de Zhuhai e Wuxi, respectivamente, onde ocorreram os dois crimes. Segundo as decisões, Fan teria agido após perder bens em seu divórcio, e Xu, após não ser aprovado e deixar a faculdade, à qual voltou para o ataque.
À época, o líder Xi Jinping determinou como prioridades “fortalecer a prevenção e o controle de fontes de risco”, visando “prevenir casos extremos e garantir a vida das pessoas e a estabilidade social”. Cobrou também “punição severa, de acordo com a lei”.
Além desses dois, houve casos semelhantes ao longo de 2024, de gravidade relativamente menor, e a sombra da violência retornou em 2025, no dia 2 de janeiro, com a morte de um estudante em Pucheng.
Segundo a CCTV, citando o relatório policial, Dang, 17, teve uma “briga verbal e física” com colegas de quarto, os quais acabou denunciado, por barulho. De volta ao dormitório, ele “morreu ao cair” de uma altura elevada, no que a polícia avaliou ser um acidente.
Segundo vídeos apresentados em contas na plataforma X, houve protestos no entorno da escola, cobrando apuração de crime. A americana CNN disse ter confirmado a veracidade das imagens.
No domingo (19), a Xinhua havia noticiado que o secretário da Comissão Legal e Política do Partido Comunista da China, Chen Wenqing, declarou que serão feitos “todos os esforços para manter a estabilidade social e a tranquilidade do povo durante o Festival da Primavera“, seguindo as determinações de Xi em novembro.
Neste ano, o festival começa no próximo dia 28, véspera do Ano-Novo chinês, e vai até o dia 4 de fevereiro. É o principal feriado anual no país, pela duração e pela mobilização dos chineses, que voltam em grande número às suas províncias, para passar a semana com a família.
Chen falou durante uma visita de inspeção a estações ferroviárias e outras instalações, visando garantir que seja seguida a determinação especial de “resolver contradições e riscos e manter a estabilidade social”. A ordem original é voltada a todas as autoridades locais do país.
Os órgãos centrais envolvidos na implementação das medidas, como a Procuradoria-Geral chinesa e o Ministério da Segurança Pública, vêm enfatizando o modelo da chamada “Fengqiao Jingyan” ou Experiência da cidade de Fengqiao.
No início dos anos 1960, segundo artigo publicado no ano passado pela Qiushi, revista teórica do PC Chinês, a cidade desenvolveu um “modelo que se baseava nas pessoas para resolver problemas localmente, sem a necessidade de encaminhar a autoridades superiores”.
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