Deputados do PL criticaram o Novo após a eleição para a presidência da Câmara no sábado (1º), num prenúncio de uma divisão na direita que deve se aprofundar até a eleição de 2026.
O estopim foram os 31 votos obtidos por Marcel Van Hattem (Novo-RS) na disputa secreta, o que demonstra que ele teve apoio numa ala do PL bolsonarista, apesar de o partido ter fechado apoio a Hugo Motta (Republicanos-PB).
Van Hattem foi criticado abertamente por Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Mário Frias (PL-SP), entre outros. A acusação é de falta de apoio para o ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente inelegível.
Já os novistas, que não responderam em público, acusam o PL de excesso de pragmatismo nos apoios a Motta na Câmara e a Davi Alcolumbre (União-AP) no Senado.
Como pano de fundo, há a disputa eleitoral. O Novo apresentou a pré-candidatura presidencial do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, mas que enfrenta resistência da família Bolsonaro, que ainda sonha em ter Jair na urna eletrônica.
Também há briga por espaço nos estados. O Novo colocou como prioridade aumentar sua bancada, atualmente de apenas quatro deputados, o que poderia ocorrer às custas do PL. Em eleições para o Senado também deve haver disputa.
No Rio Grande do Sul, Van Hattem é pré-candidato e pode enfrentar Zucco (PL). Em São Paulo, desenha-se uma disputa entre Eduardo Bolsonaro e Ricardo Salles (Novo).
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