Governador de Goiás e pré-candidato à Presidência da República em 2026, Ronaldo Caiado (União Brasil) afirmou, nesta segunda-feira (5), que o presidencialismo “foi destruído” no Brasil e criticou o uso das emendas parlamentares como moeda de troca em negociações do governo –apesar de o seu partido ser um dos maiores beneficiários do uso das emendas.
“O plano de governo é do presidente. O deputado foi feito para aprovar o Orçamento, fiscalizar o Orçamento e legislar nas matérias de lei complementar e ordinária à proposta. Pronto. Essa é a finalidade do deputado e do senador. Agora, não é ele que vai decidir que vai repassar o dinheiro, que é discricionário, que está no plano de governo, para fazer o que ele acha que deve fazer no município. Isso aí é insustentável”, disse Caiado ao participar de palestra promovida pela Fundação Fernando Henrique Cardoso, em São Paulo.
Segundo o governador, hoje o país vive uma “desordem institucional”, enquanto a figura do presidente foi fragilizada. “O presidencialismo foi destruído no Brasil. Onde é que está a liturgia do cargo da Presidência da República? Acabou”, afirmou.
“Você vê um presidencialismo totalmente enfraquecido, um Congresso Nacional que entrou e define toda a parte de discricionário hoje do governo federal, um Supremo [Tribunal Federal] que muitas vezes se propõe a alterar legislações. Por quê? Porque existem vários vazios. É como fazer um diagnóstico: qual é a causa da dor de cabeça? É a falta de um presidente da República”, disse.
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