
A arrecadação de impostos e outras receitas do governo federal aumentou quase 10% em 2024. A União levantou cerca de R$ 2,7 trilhões no ano, o maior valor da história. Segundo relatório publicado nesta terça-feira (28) pela Receita Federal, a cifra corresponde a um crescimento real (acima da inflação) de 9,6% sobre 2023.
Conforme o documento, a arrecadação administrada pela Receita somou R$ 2,524 trilhões em 2024, com alta real de 9,7% sobre o ano anterior. As receitas administradas por outros órgãos aumentaram 8,3% e chegaram a R$ 128 bilhões. Somando as duas fontes, o total arrecadado foi de R$ 2,653 bilhões.
A Receita atribuiu o crescimento da arrecadação a cinco fatores principais:
- comportamento dos principais indicadores macroeconômicos;
- crescimento da arrecadação de Imposto de Renda com a tributação de fundos de investimentos exclusivos;
- aumento na arrecadação de PIS/Cofins em razão da reoneração dos combustíveis e outros aspectos;
- aumento das alíquotas médias do Imposto de Importação e do IPI vinculado à Importação;
- recolhimento de R$ 7,4 bilhões com a atualização de bens e direitos no exterior.
De acordo com o relatório, cerca de R$ 23 bilhões das receitas estão relacionados a fatores não recorrentes e mudanças na legislação, como arrecadações atípicas de IRJP e CSLL, a tributação de fundos exclusivos e a atualização de bens e direitos no exterior.
Se fossem excluídos esses fatores, as receitas administradas pela Receita Federal teriam registrado aumento real de 7,6% no ano, em vez dos 9,7% reportados.
No relatório, o órgão apontou o comportamento de indicadores que influenciam a arrecadação:
- aumento de 3,22% na produção industrial;
- alta de 3,97% nas vendas do comércio;
- avanço de 2,9% no setor de serviços;
- crescimento nominal de 11,78% na massa salarial (soma de todos os rendimentos do trabalho); e
- aumento de 8,65% nas importações, em dólar.

Deixe um comentário