
O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, afirmou na sexta-feira que as negociações para a possível revogação ou redução das tarifas de 50% aplicadas a produtos brasileiros importados pelos Estados Unidos devem “avançar rápido”, mas, apesar disso, admitiu que não há data marcada para uma nova reunião entre autoridades brasileiras e norte-americanas para discutir o assunto. Ele esteve no interior de São Paulo para entregar imóveis do programa Minha Casa, Minha Vida. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
“Todo o trabalho está sendo feito para suspender esses 40% [de tarifa] enquanto negocia”, disse Alckmin – os 40% são a tarifa adicional imposta pelos Estados Unidos além dos 10% originais, sob a alegação de que o Judiciário brasileiro promove perseguição política contra líderes da direita, especialmente o ex-presidente Jair Bolsonaro, e ataca a liberdade de expressão, com ordens de censura que atingem até mesmo cidadãos norte-americanos. “[A negociação] avançou muito. O presidente Lula esteve com o presidente Trump em Nova York, lá no encontro da ONU, e esteve agora na Malásia, no encontro da Asean, eu acho que nós vamos ter bons desdobramentos para poder avançar mais”, afirmou o vice-presidente, embora também tenha dito que “não tem data marcada” para brasileiros e norte-americanos voltarem a se reunir.
Um dia antes da fala de Alckmin, o representante comercial dos Estados Unidos, Jamieson Greer, afirmou que as negociações não devem ser tão velozes quanto esperam Alckmin e o chanceler Mauro Vieira. “O presidente Lula e o presidente Trump se deram muito bem. Eles querem fechar um acordo. Estamos analisando os contornos do que esse acordo pode vir a ser. Espero que possamos medir esse progresso em semanas ou meses”, afirmou Greer na quinta-feira.

Deixe um comentário