O Brasil, dono da segunda maior reserva de terras raras do planeta, tornou-se peça-chave na disputa tecnológica e energética entre China e EUA. A crescente demanda por esses minerais, essenciais para veículos elétricos e defesa, coloca o país em uma posição inédita de poder, mas com riscos.
O que são terras raras e por que são tão importantes?
São um grupo de 17 minerais valiosos para a indústria de alta tecnologia. Eles são fundamentais para a fabricação de produtos como turbinas eólicas, carros elétricos, smartphones e até mísseis guiados. Com a transição energética e a corrida tecnológica, a procura por esses minerais deve crescer sete vezes até 2040, tornando quem os controla um ator central na nova economia global.
Como a China conseguiu dominar este mercado?
A China domina o setor por meio de uma estratégia de Estado de longo prazo, controlando hoje cerca de 60% da extração e quase 90% do refino mundial desses minerais. O país investiu pesado em tecnologia e na formação de cientistas, criando um ecossistema industrial completo. Esse monopólio permite que Pequim use as terras raras como uma ferramenta de pressão econômica e geopolítica.
Qual é a estratégia dos EUA neste cenário?
Os Estados Unidos buscam diversificar suas fontes para reduzir a dependência da China, o que é visto como uma questão de segurança nacional. A estratégia é o friendshoring, que significa fortalecer parcerias com aliados democráticos e confiáveis. O Brasil surge como um candidato natural para suprir parte dessa nova demanda americana devido às suas vastas reservas e estabilidade política.
O que torna as reservas do Brasil tão especiais?
Além do grande volume, o Brasil possui depósitos de terras raras em argilas iônicas, especialmente em Minas Gerais. Esse tipo de reserva é mais fácil e barato de processar, exigindo menos químicos e gerando menor impacto ambiental, sem a necessidade de grandes barragens de rejeitos. Essas vantagens tornam os projetos brasileiros muito atraentes para investidores internacionais.
Qual é o principal risco para o Brasil nesta disputa?
O grande risco é o país se limitar a exportar a matéria-prima bruta, que tem baixo valor, enquanto outros países lucram com o refino e a industrialização. O Brasil ainda não possui tecnologia e plantas industriais para processar os minerais e fabricar produtos de alto valor, como os ímãs permanentes. Sem uma política industrial clara, o país pode repetir o erro histórico de vender suas riquezas a preço baixo.
Conteúdo gerado por inteligência artificial com base em material da Gazeta do Povo, e submetido a revisão factual. Por se tratar de uma tecnologia experimental, podem ocorrer imprecisões. Relate qualquer erro para: [lab@gazetadopovo.com.br].


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