A avaliação negativa do do Supremo Tribunal Federal (STF) aumentou 3 pontos percentuais em relação a junho, segundo levantamento do PoderData realizado entre os dias 13 e 15 de dezembro de 2025. Pela pesquisa, 44% avaliam a atuação dos ministros como “ruim” ou “péssima”.
A parcela dos brasileiros que considera o desempenho da Corte “bom” ou “ótimo” é de 14%, uma queda de 2 pontos percentuais na comparação com o levantamento de seis meses antes. Outros 29% dos entrevistados classificam o trabalho do STF como “regular” e 13% não souberam responder ou preferiram não opinar.
A piora na percepção pública sobre o Supremo ocorre em um momento de forte exposição da Corte, logo após o período em que o STF condenou e determinou a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de alguns de seus ex-ministros e de militares de alta patente por tentativa de golpe de Estado relacionados aos atos de 8 de janeiro de 2023.
Além das condenações, o Supremo tem se envolvido em diversos embates com o Congresso Nacional. Entre os principais pontos de atrito estão os pedidos de impeachment de ministros da Corte e as discussões sobre a possível redução de penas dos condenados pelos ataques de 2023.
Outro episódio recente que também gerou conflito institucional foi o caso da ex-deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). O plenário da Câmara dos Deputados decidiu pela manutenção de seu mandato — apesar de uma condenação por invasão de sistemas do Conselho Nacional de Justiça —, mas no dia seguinte o ministro Alexandre de Moraes anulou a decisão parlamentar.
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Avaliação do STF não reflete polarização
O PoderData cruzou as respostas sobre a avaliação do STF com os votos para presidente em 2022. Os dados mostram que a percepção sobre o trabalho dos ministros varia pouco entre os eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mantendo percentuais próximos aos do estrato geral da pesquisa.
Entre os que votaram em Lula, 42% consideraram a atuação do STF “ruim/péssima”, enquanto entre os eleitores de Bolsonaro o percentual sobre para 44% dos entrevistados.
A pesquisa ouviu 2.500 pessoas com 16 anos ou mais em 133 municípios nas 27 unidades da Federação. As entrevistas foram realizadas por telefone, abrangendo telefones fixos e celulares, por meio do sistema de resposta audível (URA). A margem de erro é de 2 pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.
Para garantir representatividade, o PoderData aplicou ponderação paramétrica considerando variáveis como sexo, idade, renda, escolaridade e região geográfica.

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