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Cinco bancos ofertam empréstimo de R$ 12 bilhões aos Correios



Cinco bancos apresentaram uma oferta para emprestar R$ 12 bilhões para o socorro dos Correios. A operação tem como garantia o Tesouro Nacional, que estabeleceu um teto de 120% ao ano de juros para a operação.

As instituições a oferecer o montante são a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil, o Santander, o Itaú e o Bradesco, segundo noticiou o jornal “O Globo”. O reforço de caixa é considerado urgente, e a oferta do empréstimo deve ser finalizada até esta sexta-feira.

O valor originalmente pleiteado pela estatal, para auxiliar no seu programa de demissão voluntária, entre outras medidas de saneamento das finanças, era de R$ 20 bilhões. Em função do alto valor, os Correios admitem realizar mais de uma rodada de negociações.

O empréstimo em negociação precisa cobrir pelo menos os montantes necessários para este ano, segundo os Correios. Por isso, um aporte preliminar é considerado bem-vindo, para ser complementado mais tarde.

A primeira proposta, que previa o valor total, chegou a ser aceita pelo Banco do Brasil, Citibank, BTG Pactual, ABC Brasil e Safra, mas acabou barrada pelo Tesouro, que considerou os juros altos demais. O custo da operação chegaria a 136% do CDI, cerca de 20% ao ano, ultrapassando o teto de 120% estabelecido pelo comitê de garantias.

conselho de administração dos Correios chegou a aprovar o crédito em 29 de novembro, acreditando estar perto de um desfecho. Porém, em 2 de dezembro, o Tesouro reprovou a operação nas condições apresentadas pelos bancos.

Correios em crise

O prejuízo sem precedentes de R$ 4,4 bilhões registrado pelos Correios no primeiro semestre de 2025 — já acima do recorde negativo de todo o ano anterior, de R$ 2,6 bilhões — expõe os problemas de gestão e aparelhamento político atribuído à estatal. A gravidade da crise ficou evidente com uma queda receita de 9,5% em relação ao primeiro semestre de 2024, somando R$ 8,9 bilhões. As despesas administrativas e financeiras dispararam para R$ 13,4 bilhões.

A persistir o ritmo, o déficit pode alcançar R$ 8 bilhões ao longo deste ano. Os aportes para bancar despesas básicas da estatal, como o pagamento de salários dos funcionários, finalmente chegaram.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que os Correios inspiram “cuidados” e que há “muita preocupação” com a situação da estatal.



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