sexta-feira , 19 dezembro 2025
| Cidade Manchete
Lar Economia Correios terão tratamento diferenciado na fiscalização do TCU
Economia

Correios terão tratamento diferenciado na fiscalização do TCU


O Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu dar um tratamento separado aos Correios no novo pacote de fiscalizações que está sendo tocado junto a nove estatais consideradas de risco fiscal. O presidente da Corte, ministro Vital do Rêgo, afirmou que a situação financeira da empresa exige acompanhamento específico, diferente do que será feito com as demais companhias públicas.

Os Correios anunciaram, na semana retrasada, um prejuízo que já passa dos R$ 6 bilhões apenas neste ano até o mês de setembro, com previsão de subir ainda mais até o final de 2025. É o maior rombo já registrado na história da estatal e que deve ter um socorro dos cofres públicos além da tentativa de um empréstimo de R$ 20 bilhões de bancos privados.

“Os Correios têm três processos, três solicitações do Congresso Nacional e tem o próprio processo dos Correios”, disse o ministro em entrevista ao G1 na segunda (8).

VEJA TAMBÉM:

O TCU anunciou em novembro a criação de uma força-tarefa para fiscalizar nove estatais que apresentam riscos fiscais, entre elas os Correios e a Casa da Moeda do Brasil. Segundo o presidente do tribunal, os processos já têm relatores definidos, com a missão de examinar de perto as fragilidades apontadas pelo Tesouro Nacional.

Das 27 estatais avaliadas com algo risco às contas públicas, entraram na lista também as Companhias Docas — do Ceará, do Pará, da Bahia, do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Norte — além da Empresa Gestora de Ativos (Emgea), da Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBPar) e da Infraero.

“O objetivo é ampliar o escopo da fiscalização para além do aspecto financeiro, incorporando dimensões de governança, eficiência operacional e qualidade da gestão”, pontuou Vital do Rêgo.

A força-tarefa vai trabalhar em cinco frentes principais: gestão e inovação, desempenho financeiro, gestão de pessoal, contratações e tecnologia da informação. Para o ministro, esses são pontos essenciais porque “frequentemente estão na raiz das dificuldades fiscais enfrentadas por essas entidades”.

Conforme o presidente do TCU anunciou em novembro, a força-tarefa ampliará a atuação típica do órgão de controle, que costuma focar na análise das contas. O anúncio ocorreu logo após a divulgação de um relatório do Tesouro Nacional que indica risco de despesa de até R$ 5,1 trilhões em riscos fiscais.

O conceito abrange situações que podem aumentar as despesas ou reduzir as receitas para além do esperado. Dentre os principais riscos, destacam-se as dívidas de difícil recuperação e os programas que dependem de reembolso, como o Fies.



Source link

Deixe um comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Artigos relacionados

Economia

Fux libera contas de beneficiários de programas sociais em bets

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, decidiu nesta sexta-feira...

Economia

Versão final do orçamento é aprovada com R$ 50 bi para emendas

A Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso Nacional aprovou, nesta sexta-feira...

Economia

Véspera de Natal é feriado ou ponto facultativo? E de Ano-Novo?

A aproximação das festas de fim de ano costuma gerar dúvidas entre...

Economia

Carro voador da Embraer faz 1º teste no interior de São Paulo

Um protótipo de aeronave elétrica de decolagem e pouso vertical (eVTOL, popularmente...