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economia brasileira crescerá menos que a média mundial em 2025 e 2026


O Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou que a economia brasileira crescerá menos que a média mundial em 2025 e em 2026, de acordo com uma nova revisão divulgada nesta terça (14). Embora a previsão seja a segunda mais otimista deste ano, passando de 2,3% para 2,4%, ficará abaixo da mediana esperada para o resto do mundo, de 3,2%.

Segundo o relatório Perspectiva Econômica Mundial, o mesmo deve ocorrer em 2026, em que o PIB do país deve crescer apenas 1,9%, enquanto a média mundial será de 3,1%. O FMI afirma que o tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aos produtos brasileiros será um dos motivos deste crescimento menor.

“A estimativa para 2026 foi revisada para baixo, em parte devido à maior alíquota tarifária sobre as exportações do país para os Estados Unidos”, escreveu o órgão no relatório.

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Embora a revisão tenha trazido números otimistas para a economia brasileira, a nova projeção frustra as expectativas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de que seu governo é responsável por fazer o país crescer acima de 3%, como ele normalmente cita em seus discursos.

Os dados do FMI, no entanto, evidenciam o desafio do governo em equilibrar a política fiscal, controle inflacionário e estímulo ao crescimento. As incertezas sobre o arcabouço com a dificuldade de se aprovar novas fontes de arrecadação, o aumento de gastos públicos e a dependência do consumo interno como motor de crescimento pesam sobre a confiança do investidor e travam a produtividade.

Além do crescimento menor, o Brasil deverá enfrentar uma inflação mais alta que o esperado. O FMI revisou a previsão para o IPCA deste ano, de 4,4% para 5,2%. Para 2026, o índice deve cair para 4%, ainda acima do centro da meta de 3% estabelecida pelo Banco Central.

Segundo o FMI, a revisão das projeções reflete, em parte, a “estabilização das expectativas de inflação acima da meta, refletindo os desafios de credibilidade associados às incertezas da política fiscal no ano passado”. O órgão acrescentou que o recente fortalecimento do real pode trazer algum alívio apenas entre o fim de 2025 e 2026.

O relatório também indica um enfraquecimento do mercado de trabalho brasileiro, com a taxa de desemprego subindo de 6,9% em 2024 para 7,1% neste ano, e chegando a 7,3% em 2026. A tendência reflete, segundo o FMI, um desaquecimento natural após o impulso temporário registrado durante o período de recuperação pós-pandemia e os incentivos pontuais ao consumo.

Já no cenário global, as perspectivas são mais otimistas. O Fundo revisou para cima a projeção de crescimento da economia mundial em 2025, de 3% para 3,2%, mantendo para 2026 um avanço de 3,1%.



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