terça-feira , 28 outubro 2025
| Cidade Manchete
Lar Economia Ministro promete “boa vontade” à CPMI para acesso aos documentos do INSS
Economia

Ministro promete “boa vontade” à CPMI para acesso aos documentos do INSS


O ministro Wolney Queiroz, da Previdência Social, prometeu aos deputados e senadores da CPMI do INSS ter “boa vontade” de ceder acesso aos documentos da autarquia para a investigação parlamentar. O colegiado deve ser instalado nesta semana e será comandado basicamente pela base governista, com o senador Omar Aziz (PSD-AM) na presidência e o deputado Ricardo Ayres (Republicanos-TO) na relatoria.

O pedido de CPMI para investigar a cobrança indevida de mensalidades de associações foi protocolado pela própria oposição no começo de maio, mas Motta definiu que a base governista é quem ficará com os postos-chave do colegiado. A CPMI tem prazo de 180 dias de duração e deve ser encerrada no início de 2026.

“Estou preparando o Ministério e o INSS para fornecer todos os dados de forma ágil e transparente à CPI. Isso é um dever constitucional e institucional. Mas podia ser feito com má vontade. Então será feito com boa vontade”, afirmou o ministro em entrevista à Folha de S. Paulo publicada nesta segunda (18).

VEJA TAMBÉM:

Em meados de abril deste ano, a investigação da Polícia Federal levou à deflagração da operação Sem Desconto, que descobriu um esquema de desvio de recursos que atingiu mais de 9 milhões de aposentados e pensionistas. A fraude ocorreu entre os anos de 2019 e 2024 e se estima um roubo de R$ 6,3 bilhões através de descontos associativos não autorizados.

A descoberta se deu por meio de auditorias e cruzamento de dados da CGU e Polícia Federal. Em entrevistas com beneficiários, cerca de 98% declararam não ter autorizado os descontos. Após a operação, o governo suspendeu imediatamente todos os descontos associativos, bloqueou cerca de R$ 2,56 bilhões em bens das entidades envolvidas e formou uma força-tarefa com a Advocacia-Geral da União (AGU), a Controladoria-Geral da União (CGU), a própria PF e o Ministério Público para apurar as responsabilidades e recuperar os recursos desviados.

Pelo menos 1,64 milhão de aposentados que aceitaram fazer acordo com o governo já tiveram os recursos devolvidos. Segundo o governo, ao todo, 2,43 milhões de beneficiários estão aptos a aderir, sendo que 68,6% já formalizaram o perdido.

De acordo com o INSS, podem aderir aposentados e pensionistas que contestaram descontos efetuados entre março de 2020 e março de 2025 e que não obtiveram resposta das entidades associativas em até 15 dias úteis. Quem já entrou com ação judicial também pode participar, desde que ainda não tenha recebido os valores.

A solicitação é feita pelo aplicativo Meu INSS utilizando CPF e senha, ou presencialmente em mais de 5 mil agências dos Correios. Pelo app, basta acessar “Consultar Pedidos”, clicar em “Cumprir Exigência”, ler o último comentário, selecionar “Sim” na opção “Aceito receber” e enviar. O prazo para contestar descontos é, no mínimo, até 14 de novembro de 2025, e o acordo continuará disponível mesmo após essa data, segundo o INSS.

Desde o início das apurações, mais de 5,1 milhões de contestações foram registradas. O Meu INSS concentrou 59% dos atendimentos (3.093.545 registros), seguido pelos Correios, com 28,8% (1.512.117), e pela Central 135, com 7,3% (384.925).



Source link

Deixe um comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Artigos relacionados

Economia

Câmara aprova urgência para votar aumento do judiciário

A Câmara dos Deputados aprovou requerimento de urgência para o Projeto de Lei...

Economia

Governo desiste de “jabuti” para apresentar medidas contra rombo

Uma semana após o anúncio de que iria reenviar ao Congresso algumas...

Economia

Haddad quer acabar com incentivos para painéis solares

Quem apostou na compra de painéis solares para gerar sua própria energia...

Economia

Gmail tem 183 milhões de senhas expostas; saiba se a sua foi afetada

Um novo megavazamento de dados expôs cerca de 183 milhões de endereços...