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BC sinaliza fim do aumento dos juros, mas manterá em 15% por mais tempo


O Banco Central divulgou nesta terça (24) a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que, na semana passada, elevou a taxa básica de juros de 14,75% para 15% ao ano, o maior patamar dos últimos 20 anos. No documento, a autoridade monetária sinaliza que o ciclo de alta da Selic pode ter chegado ao fim, mas aponta que permanecerá elevada por um período prolongado para controlar a inflação, que segue resistente acima da meta em 5,32% em 12 meses.

Essa é a primeira vez desde o início do atual ciclo de aperto monetário, iniciado em março do ano passado, que o Copom adota uma comunicação mais clara sobre uma possível interrupção das altas.

“Em se confirmando o cenário esperado, o Comitê antecipa uma interrupção no ciclo de alta de juros para examinar os impactos acumulados do ajuste já realizado, ainda por serem observados, e então avaliar se o nível corrente da taxa de juros, considerando a sua manutenção por período bastante prolongado, é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta”, registra a ata (veja na íntegra).

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De acordo com o mais recente Relatório Focus, divulgado na segunda (23), o mercado financeiro já projeta que a taxa Selic deve permanecer em 15% até o fim deste ano, com possibilidade de começar a ser reduzida apenas em 2026.

O cenário reflete a avaliação de que os efeitos do atual nível dos juros ainda não foram totalmente sentidos na economia, e que o Banco Central prefere adotar uma postura conservadora para garantir que a inflação volte à meta, fixada em 3% para 2025, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Apesar do tom mais moderado, o comitê reforça que permanece atento aos riscos e que não descarta novas altas se considerar necessário.

“O Comitê enfatiza que seguirá vigilante, que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados e que não hesitará em prosseguir no ciclo de ajuste caso julgue apropriado”, pontuou na ata.

Ainda segundo o documento, a política monetária em vigor precisa se manter em um patamar “significativamente contracionista por período bastante prolongado” para garantir o controle da inflação, especialmente diante de um cenário em que as expectativas dos agentes econômicos seguem desancoradas — ou seja, acima da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional.



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