O estado de saúde do Papa Francisco está “estável”, mas seu quadro clínico continua complexo, segundo o boletim médico mais recente divulgado neste domingo (2) pelo Vaticano.
Francisco, de 88 anos, está internado há 17 dias com uma bronquite que evoluiu para pneumonia. O Santo Padre foi hospitalizado na Policlínica Gemelli, em Roma, no dia 14 de fevereiro. Após uma aparente recuperação na semana passada, sofreu uma crise respiratória na sexta-feira (28). No entanto, no fim de semana, o estado de saúde do Papa se estabilizou.
De acordo com a agência de notícias AFP, uma fonte do Vaticano afirmou que, passadas 48 horas, não houve “nenhuma outra consequência” da crise respiratória. A declaração da Santa Sé, contudo, ressalta que “em vista da complexidade do quadro clínico, o prognóstico permanece reservado”.
“As condições clínicas do Santo Padre permaneceram estáveis hoje”, informou o Vaticano. Ele não apresentou febre e, na manhã de domingo, participou da missa, passando o resto do dia alternando momentos de descanso e oração. A Santa Sé também destacou que Francisco “não precisou de ventilação mecânica não invasiva, apenas de oxigenoterapia de alto fluxo”.
Pelo terceiro domingo consecutivo, o Papa deixou de realizar a tradicional oração do Angelus em razão de sua saúde. No lugar, o Vaticano divulgou um texto escrito por ele, no qual agradece “pelas orações, que se elevam ao Senhor dos corações de tantos fiéis de muitas partes do mundo”.
Francisco afirmou ainda que sente “todo o seu afeto e proximidade e, neste momento particular, sinto-me como se fosse ‘carregado’ e apoiado por todo o povo de Deus. Obrigado a todos vocês”, agradeceu aos católicos.
Ao concluir sua mensagem, o chefe da Igreja Católica fez um apelo pela paz mundial, como é costume na oração do Angelus. “Daqui, a guerra parece ainda mais absurda. Oremos pela atormentada Ucrânia, Palestina, Israel, Líbano, Mianmar, Sudão e Quivu (República Democrática do Congo)”, escreveu.
Mesmo hospitalizado, Francisco mantém uma agenda cheia, já que a Igreja Católica se prepara para o Ano Santo do Jubileu em 2025. O evento deve atrair milhões de peregrinos a Roma e ao Vaticano. No entanto, os médicos alertam que, devido à sua idade e ao estado de saúde, sua recuperação exigirá tempo.
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