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Nova reforma da Previdência é inevitável, diz secretário do Tesouro



De acordo com o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, uma nova reforma da Previdência no futuro é “inevitável”. Ceron citou o aumento da expectativa de vida e o envelhecimento da população como fatores que tornam necessária uma revisão contínua das regras da Previdência.

“Ninguém quer perder benefícios, isso é natural e não há nada de errado nisso. Mas, para que uma sociedade avance, amplie investimentos, desenvolva infraestrutura e sustente suas políticas públicas, é preciso equilibrar as contas ao longo do tempo. É inevitável que, no futuro, novas reformas sejam necessárias”, afirmou Ceron em entrevista concedida à revista Exame, nesta segunda-feira (24).

“Qualquer profissional sério que lide com finanças públicas no Brasil vai dizer que, em algum momento, teremos que passar por várias reformas da Previdência ao longo do tempo. Isso é irrefutável”, acrescentou.

Ceron disse ainda que não existe solução fácil e que as medidas devem ser discutidas de acordo com a capacidade de suporte da sociedade. 

Para o secretário do Tesouro, as reformas são essenciais para uma carga tributária equilibrada e para garantir investimentos.

“A dinâmica previdenciária no Brasil é um problema de décadas, ela vem ampliando a sua participação no orçamento. Isso é assim no mundo todo: a pressão previdenciária, em função da questão demográfica”, afirmou Ceron.

Controle dos gastos

Ceron também admitiu que a “dinâmica” econômica estabelecida pelo governo até o momento tem deixado o mercado em dúvida sobre a sustentabilidade das medidas. 

Esta semana, o ex-presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, disse que a reação de setores do mercado ao governo Lula reflete a expectativa negativa em relação ao futuro e não um posicionamento político-ideológico.

De acordo com Meirelles, as maiores preocupações dos agentes econômicos neste momento estão centradas na expansão fiscal promovida pelo governo Lula, na escalada da inflação e na incerteza sobre o compromisso com o ajuste das contas públicas.



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