
Os Estados Unidos considerarão como grupos terroristas seis cartéis de drogas mexicanos, incluindo o Cartel de Sinaloa e o Cartel de Jalisco Nova Geração (CJNG), assim como o grupo venezuelano Tren de Aragua e a gangue salvadorenha Mara Salvatrucha (MS-13).
A medida foi determinada nesta quarta-feira (19) pelo secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, em um documento publicado no Federal Register que entrará em vigor amanhã.
Além do Cartel de Sinaloa e do CJNG, também foram incluídos na lista de grupos terroristas os cartéis mexicanos do Nordeste, do Golfo, a Nueva Familia Michoacana e os Cartéis Unidos.
“Designo as organizações acima mencionadas e seus respectivos pseudônimos como organizações terroristas estrangeiras”, disse o chefe da diplomacia dos EUA.
A decisão de Rubio segue uma ordem executiva assinada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, em seu primeiro dia no cargo, quando ele ordenou que cartéis de drogas fossem declarados grupos terroristas.
O México se opôs a tal medida dos EUA nos últimos anos, temendo que isso abrisse as portas para uma intervenção americana em território mexicano.
Vários meios de comunicação americanos relataram ontem que drones espiões da CIA estavam espionando o crime organizado em território mexicano para detectar laboratórios de fentanil.
Questionado sobre o assunto, Trump disse na terça-feira que o México “é amplamente governado pelos cartéis”.
A presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, assegurou hoje que “não tem medo” de uma invasão dos EUA porque se sente apoiada pela população.
Em relação ao Tren de Aragua, que surgiu em uma prisão venezuelana e está presente em vários países da América do Sul, ele já foi alvos de sanções em julho do ano passado, impostas pelo Departamento do Tesouro na administração do democrata Joe Biden.
Trump denuncia há muito tempo a presença de membros do Tren de Aragua nos Estados Unidos, que ele prometeu deportar ou mesmo enviar para o centro de detenção de migrantes na base naval americana em Guantánamo (Cuba).
A MS-13, com origem e presença em El Salvador, Honduras e Guatemala, também foi alvo de sanções do Tesouro dos EUA desde 2012, sob a presidência de Barack Obama.

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