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Ministro de Israel pede ocupação de 10% da Faixa de Gaza



O ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, pediu nesta segunda-feira (17) ao primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, que ocupe 10% da Faixa de Gaza quando terminar a primeira fase do cessar-fogo, em 2 de março.

“Eu peço ao primeiro-ministro que ocupe 10% do território de Gaza, estabeleça controle total sobre ele e imponha a soberania israelense”, disse Smotrich em comunicado.

O ministro, que reside em um assentamento israelense na Cisjordânia (ilegais aos olhos da lei internacional), também pediu que o retorno à guerra fosse declarado “imediatamente” após a conclusão da primeira fase.

“Toda a ajuda humanitária será completamente interrompida e, de acordo com o plano desenvolvido nesses dias, os residentes de Gaza poderão deixar a Faixa em uma única direção, sem poder retornar”, exigiu.

O ministro das Finanças israelense foi além em seus comentários, e ameaçou que Israel deve ocupar 5% a mais da Faixa de Gaza “para cada cabelo que cair da cabeça de seus reféns”. Dos 251 sequestrados pelos terroristas do Hamas nos ataques de 7 de outubro de 2023, 70 ainda estão no enclave palestino, além de três capturados anteriormente.

Com essas exigências, Smotrich anunciou sua intenção de promover uma votação no governo para adotar os planos do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para o território e enviar um ultimato ao Hamas: “Devolvam-nos os reféns, deixem Gaza para outros países e se desarmem”.

Smotrich também ameaçou que, se o Hamas não cumprir o ultimato, Israel abrirá “as portas do inferno” em Gaza. Trump foi o primeiro a usar essa expressão, que foi rapidamente cunhada por Netanyahu. O primeiro-ministro afirmou que chegou a discutir com o governo dos EUA “quando” abrir as portas do inferno na Faixa de Gaza.

De acordo com Smotrich, isso implicaria em uma ocupação total do enclave e a interrupção completa do acesso à ajuda humanitária, água, eletricidade e combustível.

Além disso, “abrir os portões do inferno” também significaria deslocar a população para Al Mawasi, para onde a maioria dos habitantes da Faixa de Gaza já foi deslocada.

“De lá, Israel começará imediatamente a migrar seus residentes para outros países”, acrescentou.

Territorialmente, as consequências de não entregar os reféns seriam a anexação do norte do enclave, o perímetro de segurança entre Faixa de Gaza e Israel e o corredor Filadélfia (a fronteira entre o território palestino e o Egito).



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