O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, anunciou nesta segunda-feira (17) a criação de um “Diretório para a Saída Voluntária dos Moradores de Gaza” dentro de sua pasta.
“O plano inclui uma ampla assistência que permitirá que qualquer morador de Gaza que queira emigrar voluntariamente para um terceiro país receba um pacote que inclui, por exemplo, arranjos especiais de saída por terra, mar e ar”, disse Katz em comunicado.
A ideia de deslocar a população de Gaza foi sugerida pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, após se reunir com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em Washington. Depois do encontro, ela foi rapidamente adotada pelas autoridades de Israel.
Katz se encontrou com vários funcionários do Ministério da Defesa e das Forças Armadas para debater a retirada dos habitantes de Gaza e tomou a decisão de criar o conselho como parte de sua pasta.
“Espera-se que o Diretório inclua representantes de outros ministérios e agências de segurança do governo”, disse a pasta chefiada por Katz.
No domingo, durante um discurso na Conferência de Presidentes das Principais Associações Judaicas Americanas em Jerusalém, Netanyahu defendeu a ideia.
“Vamos dar a escolha. Nenhuma deportação forçada, nenhuma limpeza étnica. Nas guerras, as pessoas vão embora”, afirmou.
Ele também disse na ocasião que cerca de 150 mil palestinos haviam deixado Gaza nos últimos dois anos durante a ofensiva israelense no enclave.
Milhares de pessoas deixaram Gaza pela passagem de Rafah, na fronteira com o Egito, pagando a uma rede de intermediários entre US$ 4.500 e US$ 11.000 para fugir da guerra entre Israel e facções palestinas como o Hamas.
Israel assumiu o controle da passagem e a fechou em maio do ano passado, confinando a população na Faixa enquanto a ofensiva, que devastou o território, estava em andamento.
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