
O Instituto Nacional de Estadísticas e Censos (INDEC) da Argentina divulgou nesta quinta-feira (13) os dados da inflação de janeiro. Segundo o órgão, o país registrou um Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de 2,2% no primeiro mês de 2025, marcando a menor taxa desde julho de 2020, quando o índice ficou em 1,9%. O acumulado interanual da inflação foi de 84,5%, marcando a primeira vez desde janeiro de 2023 que a inflação interanual fica abaixo de 100%.
O IPC do último mês é o menor índice registrado durante o governo de Javier Milei, que assumiu a Casa Rosada em 2023 com um compromisso de estabilizar a economia argentina após anos de inflação descontrolada sob governos peronistas. O dado de janeiro também representa uma desaceleração em relação ao índice de dezembro, que havia sido de 2,7%, e reforça a tendência de queda que se iniciou em novembro passado, quando o IPC foi de 2,4%.
O resultado surpreendeu até mesmo o governo e os analistas financeiros. Segundo informações do jornal argentino Clarín, o ministro da Economia, Luis Caputo, havia mencionado uma expectativa de 2,3% de inflação para janeiro, valor que também foi previsto pelo último Relevamiento de Expectativas de Mercado (REM) do Banco Central argentino, que reúne projeções de 39 consultorias e instituições financeiras. No entanto, nas últimas semanas, algumas consultorias ajustaram suas previsões para baixo, antecipando uma inflação mais baixa do que o esperado.
O resultado de janeiro representa um novo avanço na política econômica do governo Milei, que busca recuperar a confiança dos mercados e da população após anos de instabilidade monetária.

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