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Após decreto de Donald Trump, federação de boxe processa o COI



SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A IBA (Associação Internacional de Boxe) anunciou nesta segunda-feira (10) uma ofensiva judicial contra o COI (Comitê Olímpico Internacional). A entidade liderada pelo russo Umar Kremlev prometeu “apresentar uma queixa ao procurador-geral da Suíça”, Stefan Blätter, e preparar “denúncias semelhantes” aos procuradores-gerais de França e dos Estados Unidos.

O movimento se dá no contexto do decreto assinado na semana passada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que excluiu meninas e mulheres transgênero dos esportes femininos. Sentindo-se amparada pela ordem executiva do republicano, a associação retomou sua guerra com o COI.

A questão é ligada à participação da argelina Imane Khelif e da taiwanesa Lin Yu-ting nos Jogos Olímpicos de Paris, no ano passado. As duas atletas, que levaram a medalha de ouro em suas respectivas categorias, haviam sido excluídas do Mundial de 2023 da IBA, acusadas de “não atender critérios de elegibilidade”, com base em testes de um laboratório independente, sem maiores detalhes.

Em nenhum momento foi apontado que Khelif e Lin não são mulheres ou que tenham características genéticas masculinas, mas o assunto ganhou corpo durante os Jogos de 2024. Políticos e personalidades considerados de direita atacaram o COI por autorizá-las a participar do principal evento esportivo do mundo.

A IBA foi excluída do movimento olímpico em 2019 e deixou de ser reconhecida pelo Comitê Olímpico Internacional, que apontou problemas de governança. Fora dos Jogos de Tóquio, realizados em 2021, e dos Jogos de Paris, passou a travar uma batalha com a entidade máxima do esporte internacional, agora retomada.

“De acordo com a lei suíça, qualquer ação ou omissão que represente um risco para a segurança dos participantes numa competição merece investigação e pode servir de base para uma ação criminal”, diz a IBA, justificando sua nova investida jurídica.

Questionado especificamente sobre Imane Khelif, o COI disse que ela “nasceu mulher, está registrada como mulher, vive a sua vida como mulher e luta boxe como mulher”. Nem Imane Khelif nem Lin Yu-ting são mulheres transexuais, mas a IBA afirma que se mantém “firme, protegendo corretamente as boxeadoras contra a concorrência desleal”.



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