A festa de comemoração da vitória do deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) na presidência da Câmara reuniu convidados como o ex-presidente da Casa Eduardo Cunha, o empresário Wesley Batista, da JBS, e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR).
Questionado pela Folha, Wesley Batista disse que foi levado ao evento pelos sobrinhos. Ele conversou com políticos como o ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) e o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI).
Hugo foi eleito neste sábado (1º) com 444 votos, tornando-se o mais jovem presidente da Casa (aos 35 anos). O paraibano teve apoio de quase todos os partidos, indo do PT de Lula ao PL de Jair Bolsonaro, o que traduz a diversidade da lista de convidados.
Anfitrião, Hugo chegou por volta das 22h15 e ficou por mais de uma hora no hall de entrada recebendo cumprimentos dos convidados. O parlamentar foi embora às 1h30, mas sequer conseguiu aproveitar a festa: passou o tempo todo posando para fotos e recebendo congratulações pela vitória.
A festa ocorreu numa casa de eventos em Brasília, ao som de um DJ que tocava MPB. Mas a pista de dança só ficou mesmo ocupada quando o cantor Luan Estilizado subiu ao palco. Paraibano, assim como o novo presidente da Câmara, ele tocou sucessos do sertanejo e piseiro enquanto os presentes se serviam. De entrada, havia carpaccio, salmão e queijos finos. No prato principal, risoto com filé.
Nas rodinhas de políticos, o assunto principal era o resultado da eleição de horas antes. Apesar de não ter batido o recorde de Lira, Hugo recebeu 444 votos, o que lhe deu condições de mandar recados para o governo, o STF (Supremo Tribunal Federal) e até para a oposição em seu primeiro discurso como presidente da Câmara.
Na esquerda, a fala a favor da democracia e respeito ao voto popular foi interpretada como sinal de que a anistia aos réus pelos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023 não irá a votação. Já os parlamentares de direita preferiram comentar a defesa que ele fez da separação dos Poderes, de críticas ao “toma lá da cá” e da impositividade das emendas ao Orçamento como uma conquista do Congresso.
O centrão, por sua vez, viu o novo presidente aberto a negociar e ouvir a todos, mas firme na defesa da Casa e das prerrogativas parlamentares. Hugo preferiu não dar entrevistas à imprensa com o objetivo de deixar o discurso repercutir sozinho.
A festa foi bancada pelo novo presidente da Câmara, segundo sua assessoria, que não sabia precisar o número de todo de presentes. Todos os deputados federais foram convidados, mas vários levaram assessores, esposas e amigos. Havia ainda vasta lista de convidados da Paraíba.
Também estiveram no evento o governador João Azevedo (PSB), da Paraíba, e os prefeitos Cícero Lucena (PP), de João Pessoa, e JHC (PL), de Maceió, além dos presidentes de partidos Antonio Rueda (União Brasil), Marcos Pereira (Republicanos) e Baleia Rossi (MDB).
Após a proclamação do resultado, ainda no plenário da Câmara, Hugo falou com Bolsonaro. O agora primeiro vice-presidente, Altineu Côrtes (PL-RJ), ligou para o ex-presidente e colocou os dois em contato.
Hugo ainda não tinha conversado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva até o fim da festa, na madrugada de domingo. Ao chegar ao evento de comemoração, o novo presidente da Câmara afirmou que o petista ligou para ele durante o seu discurso e, por isso, não conseguiu atender ao telefonema.
Poucos ministros do governo federal marcaram presença na festa, entre eles André Fufuca (Esportes), Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos), Jader Filho (Cidades) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário).
O mais animado era Alexandre Padilha (Relações Institucionais). Desafeto de Lira, que deixou o cargo neste sábado, ele dançou animado forró com sua esposa enquanto o ex-presidente da Câmara, mais contido, preferiu ficar em rodinhas com outros políticos conversando durante a festa.
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