segunda-feira , 27 outubro 2025
| Cidade Manchete
Lar Economia Oposição celebra recuo do governo sobre fiscalização do Pix
Economia

Oposição celebra recuo do governo sobre fiscalização do Pix



Parlamentares da oposição comemoraram a revogação do ato normativo da Receita Federal que pretendia aumentar a fiscalização em transferências via Pix. O governo Lula anunciou o recuou na tarde desta quarta-feira (15) após a repercussão negativa sobre a medida.

Nas redes sociais, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), que viralizou com um vídeo abordando as mudanças na fiscalização, afirmou que a união da sociedade “derrubou” a nova regra. “O PT tentou monitorar o seu dinheiro, principalmente o do mais pobre, mas o povo se uniu na rede social e derrubamos a decisão”, disse Nikolas.

Em 1º de janeiro, entraram em vigor as novas regras da Receita Federal que ampliavam o monitoramento de transferências Pix de até R$ 5 mil por mês para pessoas físicas e de até R$ 15 mil para pessoas jurídicas. A medida gerou o temor de taxação para o uso da modalidade de pagamento, levando o Fisco a esclarecer que a nova norma não causaria um aumento de tributação.

Dentro do governo Lula, há o entendimento de que houve disseminação de fake news sobre o ato normativo da Receita Federal. Em meio ao desgaste, o governo revogou a norma e anunciou uma medida provisória para reforçar a gratuidade do Pix. O novo impasse petista foi classificado pelo senador Rogério Marinho (PL-RN) como “uma piada ainda maior que Dilma 2”.

“Com medidas atabalhoadas e a recusa de adotar reformas estruturantes, o governo mostra que só pensa em arrecadar, e que nunca terá a confiança do povo. Por isso, a sanha de censurar as redes sociais”, disse Marinho.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse que a “mobilização espontânea apavorou Lula e Taxad”, em referência ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad. “Você acabou de testemunhar a verdadeira razão pela qual o atual desgoverno e os falsos defensores da democracia querem censurar as redes sociais: querem oprimir o povo sem serem incomodados!”, afirmou.

Durante o anúncio da MP, Haddad disse que Flávio não poderia reclamar da Receita, citando suposta prática de “rachadinhas” pelo senador. “As rachadinhas do senador Flávio foram combatidas porque a autoridade identificou uma movimentação absurda nas contas dele. Agora o Flávio Bolsonaro está reclamando da Receita? Ele não pode reclamar da Receita, ele foi pego pela Receita”, apontou o ministro.

A deputada Carla Zambelli (PL-SP) disse que o governo “arregou” ao desistir da nova regra. “Lula sentiu a pressão da população e voltou atrás em relação ao PIX. a união faz a força! Não se deixem enganar. Enquanto esse desgoverno estiver no poder, o Brasil não terá paz!”, afirmou Zambelli.

Na mesma linha, o deputado Gustavo Gayer (PL-GO) disse que Lula saiu “derrotado” após pressão popular. Já o deputado André Fernandes (PL-CE) criticou a “imprensa tradicional” pela nova regra do governo.

“E se dependêssemos exclusivamente da imprensa tradicional e da TV, o governo teria voltado atrás sobre a fiscalização do Pix?”, questionou Fernandes. O deputado Kim Kataguiri (União-SP) disse estar “esperando a explicação dos petistas”. “Se ‘essa fiscalização sempre existiu’ e ‘não mudaria nada’, por que voltaram atrás?”, apontou.



Source link

Deixe um comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Artigos relacionados

Economia

Eletronuclear pede R$ 1,4 bi ao governo sob risco de colapso nas usinas de Angra

A Eletronuclear, estatal responsável pelas usinas de Angra 1 e 2, pediu...

Economia

Servidores da EPE ampliam paralisação que pode travar planos do governo

Os funcionários da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), vinculada ao Ministério de...

Economia

Lula diz esperar acordo com os EUA “em poucos dias” após encontro com Trump

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda (27)...

Economia

Novo Código Civil pode transformar contratos em batalhas judiciais

O projeto do novo Código Civil (PL 4/2025), do senador Rodrigo Pacheco...